Uma lagarta viva numa salada servida numa cantina escolar, em Braga, está a causar nova onda de indignação por causa da qualidade das refeições servidas nas escolas. A direcção da escola que é visada neste novo caso culpa a empresa que serve as refeições, a Uniself.
As imagens da lagarta viva, a mover-se no prato de uma aluna da Escola Básica André Soares, em Braga, foram partilhadas pela própria estudante do 9º ano no Facebook e logo se espalharam pela Internet.
A refeição em causa terá sido servida no passado dia 26 de Outubro, conforme refere a Associação de Pais da escola, divulgando um comunicado da Direcção do estabelecimento.
“A situação da alface mal lavada é o reflexo da falta de funcionários que a empresa tem ao serviço do refeitório”, aponta a directora da Escola André Soares, Maria da Graça Moura, no comunicado citado pela Associação de Pais no seu perfil do Facebook.
“Foi feita a devida chamada de atenção, o cuidado que se deve ter com a higiene dos alimentos”, acrescenta a directora da André Soares, notando que a Uniself, a empresa contratada pelo Ministério da Educação para servir as refeições, “deve rever os seus procedimentos”.
A agência Lusa tentou contactar a Uniself, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.
Segundo Maria da Graça Moura, a Uniself “deve colocar ao serviço o número de funcionários contratualizado, o que não acontece a maior parte dos dias“. A direcção da André Soares garante que irá continuar a “denunciar” a falta de funcionários que a empresa coloca na escola à hora das refeições.
“Esperamos que nunca mais se repita esta situação. É uma situação que nos entristece, pois é o nome André Soares que está em causa”, conclui a responsável.
Na semana passada, mais de 60 cantinas escolares do norte do país estiveram encerradas no âmbito da greve dos trabalhadores da Uniself, com o intuito de obrigar o Ministério da Educação a forçar a empresa a cumprir o caderno de encargos.
A qualidade das refeições escolares tem estado na ordem do dia, com várias queixas por todo o país, desde rissóis congelados até frango cru, ainda a escorrer sangue, colocado no prato a alunos do primeiro ciclo.
Desde o início de 2017, a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares recebeu “70 queixas relativas à má qualidade das refeições escolares e à falta de pessoal nas cantinas”, conforme dados avançados pelo Público.
ZAP // Lusa
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