(dr) Stephen Govel

Justine Damond
Investigadores avançaram hoje que entrevistaram uma testemunha, em Minneapolis, que estava perto do local onde um polícia da cidade norte-americana matou a tiro uma mulher desarmada, no passado dia 15 de julho.
Em comunicado, o Departamento Criminal de Minneapolis refere que esta testemunha estava a andar de bicicleta nas proximidades do local do tiroteio.
A 15 de julho, a australiana Justine Damond, professora de ioga e meditação, de 40 anos, foi morta por um dos dois polícias que responderam ao seu telefonema para os serviços de emergência (911), a relatar uma possível agressão numa rua próxima do local onde residia, em Minneapolis, no estado do Minnesota, no norte do país.
O jornal de Minneapolis Star Tribune noticia também, citando uma fonte da investigação, que a testemunha filmou parte do encontro, mas não adianta se estas filmagens incluem o tiro que vitimou a australiana.
Este caso, de grande repercussão internacional, resultou em várias críticas à atuação da chefe da polícia de Minneapolis, Janee Harteau, que acabou por se demitir, esta sexta-feira, a pedido da presidente da câmara, Betsy Hodges.
“Perdi a confiança na chefe da polícia, após vários contactos residentes, que me permitiram perceber que também eles não têm confiança nela”, declarou, em comunicado, na sexta-feira, a presidente da câmara.
Hodges anunciou que Medaria Arradondo, até aqui diretora-adjunta da polícia, vai substituir Harteau no cargo. Arradondo foi a responsável pela gestão da crise, na sequência do homicídio da australiana, tendo em conta que Harteau se encontrava de férias.
Estes anúncios não acalmaram a indignação popular e a conferência de imprensa de Hodges, na sexta-feira à noite, foi interrompida por um grupo de manifestantes a exigir a demissão da autarca. Betsy Hodge garantiu que se vai manter em funções.
Uma das principais críticas apontadas à polícia de Minneapolis é a de as câmaras individuais dos agentes estarem desligadas no momento do incidente.
// Lusa