EUA admitem usar força militar contra a Coreia do Norte

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Etienne Laurent / EPA

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O Presidente norte-americano avisou, esta quinta-feira, a Coreia do Norte de que está a considerar “algumas coisas bem severas” em resposta ao lançamento sem precedentes de um míssil com a capacidade de atingir os EUA.

Em visita à Polónia, antes de se deslocar à cimeira do G20, que decorre este fim-de-semana em Hamburgo, na Alemanha, o Presidente dos EUA apelou ainda a todos os países para confrontarem Pyongyang com o seu “comportamento muito, muito mau”, de acordo com a agência Associated Press.

Donald Trump vai encontrar-se em Hamburgo com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que se tem oposto ao reforço das sanções económicas e a eventuais ações militares contra Pyongyang.

Nas primeiras declarações públicas desde que a Coreia do Norte testou pela primeira vez um míssil balístico intercontinental, Trump escusou-se a avançar quaisquer pormenores sobre que resposta pode ser esperada por parte dos EUA, mas considerou o incidente como “uma ameaça”, deixando claro que será “confrontada com muita força”.

“É uma vergonha que eles estejam a comportar-se desta maneira”, afirmou. “Estão a comportar-se de uma maneira muito, muito perigosa, e alguma coisa tem que ser feita em relação a isso”, acrescentou o chefe de Estado norte-americano, sem especificar.

Os EUA têm vindo a considerar um conjunto de novas sanções, medidas económicas e outras, em resposta ao teste na passada terça-feira do míssil intercontinental pela Coreia do Norte – avanço tecnológico que Washington considera como um aumento significativo da ameaça por parte de Pyongyang.

Na reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, realizada esta quarta-feira, Nikki Haley, embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, afirmou que, “se tiver de ser”, o país não exclui a possibilidade de recorrer às suas “forças militares consideráveis”, cita o semanário Expresso.

Outra alternativa será cortar os laços comerciais com países que continuem a negociar com a Coreia do Norte em violação das resoluções da ONU impostas ao país. “Iremos dar atenção a qualquer país que opte por fazer negócios com este regime fora da lei”.

A China apelou a que sejam evitados os “discursos e atos” suscetíveis de agravar as tensões na península coreana, em reação à defesa por parte dos EUA e da França de novas sanções contra Pyongyang propostas nas Nações Unidas.

“Apelamos a todas as partes a que deem prova de contenção, evitando os discursos e atos suscetíveis de agravarem as tensões e a trabalharem em conjunto para diminuírem as tensões”, declarou o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang, citado pela agência France-Presse.

A China reiterou que critica claramente o lançamento histórico do míssil intercontinental e apelou “firmemente à Coreia do Norte para respeitar as resoluções da ONU”, mas recordou também que “a manutenção da paz e a estabilidade na península serve os interesses comuns de todas as partes”, acrescentou o porta-voz.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Isto no fundo não será um guerra pelo domínio de territórios, recursos, influência política,… será apenas uma guerra por estilo de penteado que há-de governar o mundo. Ainda assim… prefiro o do maluco da Coreia.

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