O “maior estudo independente feito em Portugal sobre alimentos biológicos” detectou a presença de pesticidas e de produtos químicos. O glifosato, um herbicida considerado cancerígeno, foi uma das substâncias detectadas em níveis muito acima do que a lei permite nos produtos não biológicos.
A investigação, realizada pelo laboratório Labiagro para a revista Visão, analisou 113 produtos com a certificação biológica, detectando químicos proibidos em 21 deles.
A publicação divulga, na sua edição desta quinta-feira, um trabalho que inclui a análise em laboratório de 113 produtos — frutas, legumes e sementes –, identificados nas lojas como biológicos.
Nalguns destes produtos foram encontrados pesticidas não permitidos na agricultura biológica e numa das análises efectuadas, a uma couve identificada como proveniente da agricultura biológica, foi encontrada uma quantidade de glifosato 12 vezes superior ao máximo permitido por lei para couves de produção convencional.
O glifosato foi considerado pela Agência Internacional de Pesquisa em Cancro (da Organização Mundial de Saúde) como “provavelmente cancerígeno”.
Agrobio fala de “fraude”
Em declarações à Lusa, Jaime Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica Agrobio, reagiu com cautela relativamente ao conteúdo do trabalho jornalístico, sublinhando que “identificar agro-químicos não autorizados em produtos biológicos é sinal de fraude“.
“Deliberado ou por negligência, pois pode ser por contaminação”, acrescenta Jaime Ferreira. Mas, face à gravidade destes indicadores, diz este responsável que, a ser verdade, se trata de “um problema de saúde pública“.
“Isto tem de ser colocado às autoridades competentes e elas têm de responsabilizar quem foi responsável por colocar esses produtos no mercado”, refere.
“A quantidade de glifosato pode ser de tal forma grave que é um problema de saúde pública e devia ser imediatamente denunciado à ASAE — Autoridade de Segurança Alimentar e Económica”, acrescenta o responsável, notando que “pode haver pessoas que estejam a comer estes produtos e que possam ter problemas graves de saúde” e por isso, alerta que o caso não pode ser abordado de forma “ligeira”.
A Agrobio defende assim que as autoridades devem avaliar o trabalho da Visão e analisar os resultados para apurar responsabilidades.
Jaime Ferreira nota ainda que a Agrobio vai “examinar ao detalhe” a investigação e os dados revelados. “Se houver responsabilidades a apurar vamos até ao limite das responsabilidades“, alerta.
De acordo com dados da Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), em 2015, a superfície de terrenos em agricultura biológica atingiu os 239.864 hectares (ha), equivalente à área do distrito do Porto, traduzindo, por um lado, a consolidação da produção biológica e, por outro, a resposta a um novo regime de apoios.
O número de produtores agrícolas biológicos tem vindo a aumentar durante a última década e em 2015, chegou aos 3.837.
ZAP // Lusa
devia ser sempre assim o jornalismo.
Glifosato, um dos ingredientes do “RoundUp”, usado por muitos e muitos agricultores do nosso país,infelizmente. E o resto da fórmula a Monsanto não revela e tenho cá para mim que esses ingredientes secretos devem ser bem mais nocivos que o glifosato.
Gato por lebre e vendido ao preço do caviar!
O mais irritante para quem só lê aqui, é não chamarem os bois pelos nomes!? E agora? O que é que eu faço com esta notícia? Desconfio de todos e passo a ir ao mini preço!? Façam a fineza de quando alarmarem a população, tenho presente que para a acalmar deverão identificar os faltosos! Se calhar no fim deste alarmismo deveriam deixar uma nota: aguarde continuação.
Infelizmente isto é o que mais há no nosso país….
É assim que funciona a certificação Biológica e em PRODI
“Ora assim sendo, e não me alongando muito em pormenores dessa resposta porque me iria tornar repetitivo, apenas queria reforçar um pedido de análise contundente sobre este assunto e que sejam tomadas as medidas necessárias quando estamos perante situações de burla, actos ilícitos, certificação QUE SE SUSPEITA, E VOLTO A REFERIR SUSPEITA NÃO HÁ CERTEZA NO MOMENTO, QUE alguns associados não têm sequer CERTIFICADO conforme produzem em PRODI, PORQUE NO CONTROLO DE CAMPO AS EQUIPAS DE CONTROLO E O IFAP APENAS SOLICITA A APRESENTAÇÃO DE CONTRATO, OU SEJA, HOJE EM DIA OS AGRICULTORES NÃO PRECISAM DE CUMPRIR COM OS REQUISITOS DE CERTIFICAÇÃO, POIS MESMO QUE O. C. (Organismo Certificador) VERIFIQUE INCONFORMIDADES E NÃO ENTREGUE O CERTIFICADO O IFAP PAGA NA MESMA AS AJUDAS AO PRODUTOR COMO SE NÃO TIVESSE INCONFORMIDADES. RESTA QUESTIONAR: É ISSO QUE SE PRETENDE COM A CERTIFICAÇÃO? QUE GARANTIA TEMOS DOS PRODUTOS QUE COMPRAMOS EM MODOS DE PRODUÇÃO?”
Isto está a acontecer porque as entidades oficiais no nosso país não se debruçam sobre as fiscalizações e auditorias que realizam, deveria ser repensada de que forma estão a ser realizadas, não detectam a legitimidade das OPP, se têm orgãos sociais, não estão atentos as designações e/ou nome das entidades, permitem que existam técnicos a prestar apoio técnico sem estar credenciados pela DGADR para determinado tipo de produção, corroboram com contratos de exclusividade em OPP e O.C. (Organismos Certificadores), mais grave denunciados todos estes factos (entidades que têm conhecimento CONFAGRI, DGADR, IFAP, GPP e o Ministério da Agricultura) ninguém actua em conformidade e o agricultor que tudo faz por cumprir é que é penalizado.
Chegamos ao cumulo de: “Sabemos que o IFAP em conjunto com a CONFAGRI retirou, em 2016, as credenciais para a associação efectuar candidaturas anuais, mas o que acontece é que a associação continua a trabalhar a realizar trabalho de assistência técnica (SERÁ QUE TEM TÉCNICOS? E SE ESTÃO CREDENCIADOS?), o O.C. …….. continua certificar os produtores sócios desta associação até escreve na licença que emite: ” ORGANIZAÇÃO DE PRODUTORES QUE PRESTA APOIO TÉCNICO EM PRODUÇÃO INTEGRADA é a ……..”,a entidade …… que não existe a única que esta reconhecida pelo IFAP é a …….., tal como já foi referido pelo instituto.” Um organismo certificador diz que reconhece uma organização de produtores para apoio técnico no produção que nem sequer existe as entidades sabem mas ninguem faz nada.
Isto é o que funciona com a laboração de leite nas queijarias:
“Garantidamente enquanto alguma qualquer entidade do estado não tomar a iniciativa de controlar como é feita esta certificação, em controlar aquilo que é produzido nas explorações, laborado nas empresas transformadoras e a quantidade que é certificada, nunca teremos garantia do produto final a nossa agricultura nunca mais evoluirá, como acho que é o desejo de todos nós. Um caso muito simples há vários OC, há várias DOP de Queijos, porque é que numas regiões pagam o leite acima de 1,20€ e aqui na nossa região (Beiras) na maior parte dos casos não chega a 1,00€ por litro leite?
Há controlo de leite que é laborado nas queijarias com a quantidade de leite que os agricultores, fornecedores dessas queijarias, produzem?
Já averiguaram se está entrar leite vindo de outros países sem autorização? Conseguem saber isso se controlarem o produto que é produzido, laborado e vendido, só assim se consegue fazer algo por forma a valorizar o que nós produzimos, ou preferem que os agricultores fechem portas…? Não aceito esta postura de inacção e que corroboram com atitudes fraudulentas, devendo todas as fraudes e quem corrobora com as mesmas ser punido de forma exemplar e valorizarem quem produz com seriedade. Daí se justificar que as queijarias recebam entregas de leite aos Domingos, com suposta autorização dos Serviços Veterinários. E porquê aos Domingos, não são controlados…. Só um cego é que não vê.”