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Arqueólogos encontraram coração mumificado do tempo dos faraós

Uma equipa de arqueólogos descobriu um conjunto de materiais que foram utilizados no processo de embalsamento de um alto oficial do Egipto faraónico. Entre as descobertas estava um coração mumificado.

Esta descoberta, levada a cabo por arqueólogos da Universidade de Alcalá de Henares, em Espanha, foi feita em Luxor, no Egipto. Os investigadores encontraram um depósito de 56 jarras que contêm materiais utilizados no processo de embalsamento do vizir Ipi, um alto oficial do reinado de Amenemat I (2050-1750 a.C.).

Para surpresa desta equipa, um dos elementos encontrados numa das ânforas foi um coração mumificado. Segundo os arqueólogos da expedição, dirigida pelo professor Antonio J. Morales, a prática de extrair este órgão dos defuntos não era comum, por isso, vai ser objeto de uma investigação.

Entre 1921 e 1922, o egiptólogo norte-americano Herert Winlock já tinha encontrado, exatamente no mesmo local, materiais usados para o processo de mumificação.

“Na altura, várias jarras, tigelas, bisturis e uma mesa de mumificação foram enviadas para o Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque, mas estas 56 jarras e o seu conteúdo, nunca tinham sido desvendados”, afirma Morales.

Originalmente, este depósito de material tinha 67 jarras, mortalhas e lençóis de linho, panos e vários tipos de bandas, tecidos e peças para cobrir dedos, mãos e outras partes do cadáver. Também continha uns 300 sacos de sal de natrão, óleos e areia.

(dr) Middle Kingdom Theban Project

Materiais de embalsamento encontrados no depósito do vizir Ipi

Esta coleção de materiais vai oferecer aos arqueólogos da expedição, denominada “Middle Kingdom Theban Project”, uma oportunidade excelente para a análise científica das substâncias, componentes, têxteis e restos humanos encontrados no depósito. Além disso, a investigação vai ajudar a conhecer o tipo de técnicas de mumificação aplicadas e os possíveis rituais realizados durante o processo.

O principal propósito deste projeto, que conta com a colaboração do Ministério de Antiguidades do Egipto e da Inspetoria de Luxor, é o estudo arqueológico e epigráfico das tumbas de Henenu e Ipi e da câmara funerária e sarcófago de Harhotep, assim como a conservação e futura publicação destes monumentos localizados em Tebas.

“O estudo destes monumentos e a sua evidência textual, iconográfica e arquitetónica ajudará a conhecer com mais detalhe esta época de reunificação política e cultural do Egipto faraónico”, conclui o professor.

ZAP // RT

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