Tradutora do FBI fugiu para casar com o terrorista islâmico que estava a investigar

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Uma agente do FBI que estava envolvida na investigação a um terrorista do Estado Islâmico, acabou por se apaixonar por ele. Fugiu para a Síria, onde casou com o jihadista de origem alemã, colocando a nu as fragilidades de Segurança do Departamento de Investigação dos EUA.

O caso remonta a 2014, mas só agora foi revelado pela CNN, após uma investigação que levou o canal de televisão a descobrir que Daniela Greene, uma agente do FBI com funções de tradutora, mentiu, fugiu e casou-se com o terrorista que era suposto investigar.

A mulher de 38 anos trabalhava como tradutora de alemão para o FBI desde 2011, e em Janeiro de 2014, juntou-se à investigação do FBI ao terrorista alemão Denis Cuspert, um antigo rapper que protagoniza vários vídeos de propaganda do Daesh.

No âmbito da sua investigação, a agente do FBI identificou várias contas online e números de telefone usados pelo jihadista e terá mantido “acesso exclusivo” a uma terceira conta de Skype, revela a CNN.

Em Junho de 2014, a tradutora informou o FBI de que ia viajar para Munique, na Alemanha, para tirar férias e visitar familiares. Mas na verdade, embarcou para Istambul, na Turquia, rumando depois até Gaziantep, a 20 quilómetros da fronteira com a Síria.

Com a ajuda de um contacto de Denis Cuspert, passou a fronteira e casou com o terrorista, que tinha como nome de guerra, enquanto rapper, “Deso Dogg”.

O cidadão alemão tinha-se juntado ao Estado Islâmico, assumindo o nome de Abu Talha al-Almani e um papel preponderante no recrutamento de jihadistas, através da Internet.

A sua capacidade de influência, manifestada em vídeos onde aparece nomeadamente com uma cabeça humana decapitada, é tal, que conquistou até a agente do FBI que o investigava.

Agente foi condenada a 2 anos de prisão

Mas ao cabo de apenas cerca de um mês, Daniela Greene acabou por ganhar juízo e perceber que se tinha enganado.

Conseguiu voltar a casa, tendo sido detida mal pisou de novo o solo dos EUA. Concordou em colaborar com as autoridades, confessando-se culpada, em tribunal, por ter feito declarações falsas no âmbito de um caso de terrorismo internacional.

A agente foi condenada a dois anos de prisão, uma sentença considerada demasiado leve, tanto mais quando o tribunal classificou a sua conduta como merecedora de “punição severa”, conforme atesta a CNN.

“Até tentativas falhadas de viajar para a Síria, para se juntarem ao Daesh, mereceram a acusados sentenças de prisão mais duras“, aponta o canal de televisão, notando que o tribunal justificou a pena mais leve pela cooperação da arguida.

O Ministério Público norte-americano acusou Greene de ter “violado a confiança pública, a confiança das autoridades” e daqueles com quem trabalhou, colocando assim “a segurança da nação em causa”.

“Um embaraço espantoso para o FBI”

O caso é um alarmante sinal da fragilidade das próprias autoridades norte-americanas perante o Daesh, bem como “um embaraço espantoso para o FBI”, conforme atesta na CNN o ex-elemento do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby.

“Para ela poder entrar, como americana, como mulher, como funcionária do FBI, e para poder fixar residência com um conhecido líder do Daesh, tudo isso teve que ser coordenado” com as chefias do Estado Islâmico, aponta Kirby.

Reagindo à notícia, o FBI garante à CNN que “tomou várias medidas, numa variedade de áreas, para identificar e reduzir vulnerabilidades de segurança“, frisando ainda, que “continua a fortalecer as suas medidas de protecção para levar a cabo um trabalho vital”.

Quanto à agente, está agora afastada do FBI, a trabalhar na recepção de um hotel, e recusou falar com a CNN por razões de segurança.

SV, ZAP //

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4 Comments

  1. As mulheres e as suas atitudes românticas. Nem se importam de perder o emprego por causa de um homem..se fosse um homem decerto não o faria!

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