Micah A. Ponce / Flicker
As autoridades das Ilhas Marshall irão transferir para Majuro, a capital do país do Pacífico Sul, um pescador mexicano que garante ter passado 16 meses à deriva, revelou a imprensa local.
Passou mais de um ano à deriva no Oceano Pacífico, exposto aos elementos no seu minúsculo barco de fibra de vidro, sozinho após a morte do seu companheiro de pescaria, sobrevivendo apenas de sangue de tartaruga e pássaros mortos.
Agora, tudo o quer é voltar para casa.
O homem, identificado como José Alvarenga, terá zarpado do México no final de 2012 numa expedição de pesca de tubarões em El Salvador, junto com um companheiro que, alegadamente, morreu há uns meses em alto mar.
O barco de José Alvarenga, de sete metros, foi rebocado na quinta-feira até um recife perto do atol de Ebon, nas Ilhas Marshall, onde os habitantes experimentaram algumas dificuldades em falar com o pescador, que apenas domina o espanhol.
A única linha telefónica de Ebon está fora de serviço e não há internet, restando aos habitantes o velho radio como forma de comunicação com o exterior, meio que Ivan usou para falar com um intérprete em Majuro, a capital das Ilhas Marshall.
“Quero voltar ao México”, disse Ivan no seu primeiro contacto com o mundo desde dezembro de 2012.
A maior parte dos detalhes da extraordinária aventura de José Ivan estão ainda por explicar. Ivan diz que esperava chegar a El Salvador, mas derivou pelo Pacífico quase até à Austrália.
Ola Fjeldstad, um estudante norueguês de antropologia a fazer investigação em Ebon, contou à agência France Presse que o náufrago tem longos cabelos e barba e o barco parece ter estado muito tempo no mar, mas não se vêem sinais de tartarugas ou equipamento de pesca.
No México, não há notícia de que se tenham dado a conhecer quaisquer familiares ou amigos do misterioso náufrago.
Aguarda-se assim a chegada de José Alvarenga a um porto Mexicano para que a sua história seja contada em detalhe. Arrr!
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AJB, ZAP
