Svetogorsk é uma pequena cidade da Rússia, na fronteira com a Finlândia, que ganhou recentemente os seus 15 minutos de fama depois de o presidente da Câmara ter declarado publicamente que, entre seus pouco mais de 15.000 habitantes, não há “um único gay”.
“Em Svetogorsk não houve, não há e nunca haverá um só gay“, afirmou orgulhosamente Sergei Davidov, o presidente da Câmara Municipal da cidade de Svetogorsk, situada na região de São Petersburgo.
Davidov, coronel do exército russo na reserva, convidou inclusivamente o maior crítico da diversidade sexual do país, o deputado Sergei Milonov, a visitar a cidade para verificar que tem razão nas suas afirmações.
“Com todo respeito que tenho por ele, é importante salientar que o deputado Milonov dedicou muitos esforços a este problema, mas não alcançou até agora resultados tão extraordinários como eu”, realçou Davidov.
Milonov é o político que promoveu a adopção da lei contra a propaganda homossexual, símbolo da homofobia na Rússia, país onde os gays, fortemente reprimidos pelo poder político, quase não saíram ainda das catacumbas – quanto mais do armário.
O autarca de Svetogorsk lembra que, nos últimos anos, em São Petersburgo, considerada a cidade mais liberal da Rússia, “têm havido com muita frequência marchas de orgulho gay”. “Já alguém viu alguma vez uma marcha do orgulho gay em Svetogorsk?”, pergunta.
“Portanto, convidamos Milonov, e todos os que queiram questionar a presença de indivíduos com orientação sexual não tradicional, a aprender com a nossa experiência”, desafiou Sergei Davidov.
// EFE