A Venezuela perdeu temporariamente o direito de voto na Assembleia-Geral da ONU por falta de pagamento das suas contribuições ao órgão.
O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, confirmou esta sexta-feira que a Venezuela é um dos seis países que este ano receberam esta sanção.
Também perderam o direito de voto Cabo Verde, Líbia, Papua Nova Guiné, Sudão e Vanuatu, explicou Dujarric, que destacou que há procedimentos que permitem excepções à punição.
É o caso da Somália, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, que, apesar de também terem dívidas com a ONU, poderão continuar a votar este ano em virtude de uma decisão da Assembleia-Geral.
As normas da ONU estabelecem a perda do direito de voto na Assembleia-Geral para os países-membros que têm dívidas superiores ao valor correspondente às contribuições que deveriam ter sido feitas nos dois anos anteriores.
No caso da Venezuela, o governo de Nicolás Maduro terá que pagar 24 milhões de dólares para que a dívida fique abaixo desse limite.
Fontes diplomáticas venezuelanas afirmaram à Agência EFE que o país já efectuou um pagamento para corrigir a situação, no valor de 24.2 milhões de dólares, e aguarda que a ONU confirme que recebeu o pagamento.
Segundo as mesmas fontes, espera-se que esse processo interno seja concluído na próxima semana. Cinco dias depois, conforme previsto, a Venezuela deverá voltar a ter direito de voto.
ZAP // EFE