Ministério Público decide investigar apostas suspeitas no Placard

Paulo Novais / Lusa

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O Ministério Público decidiu investigar as alegadas apostas ilegais no jogo Placard relativas à partida de futebol entre o Feirense-Rio Ave, disputada na noite de segunda-feira.

O Ministério Público decidiu instaurar inquérito. O mesmo corre termos no DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Aveiro (Secção de Santa Maria da Feira)”, refere a Procuradoria-Geral da República (PGR), em resposta escrita enviada à Lusa.

Na terça-feira, a PGR informou que não tinha recebido qualquer queixa ou denúncia referentes a apostas ilegais no jogo Placard, envolvendo a partida Feirense-Rio Ave, mas disse estar a recolher elementos para decidir se existia ou não matéria para a instauração de inquérito, o que acabou por vir agora a acontecer.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa suspendeu na segunda-feira as apostas no Placard referentes ao jogo, que a equipa de Santa Maria da Feira venceu nessa noite por 2-1.

“O Departamento de Jogos (DJSCML) decidiu suspender a aceitação de apostas no evento da Liga NOS, Feirense – Rio Ave, de hoje [segunda-feira], às 21h00, atendendo ao volume atípico de apostas registado e ao risco financeiro envolvido, cumprindo o disposto no art. 19º, alínea 8, da Portaria que regulamenta o jogo Placard”, revelou o DJSCML.

Na terça-feira, em resposta enviada à Lusa, o Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ) anunciou “estar a averiguar em detalhe” as apostas no Placard relativas a essa partida de futebol.

“O SRIJ está agora a averiguar em detalhe o ocorrido nas apostas efetuadas naquele jogo, tendo inclusive estabelecido contactos com outros reguladores europeus que também alertaram para esta situação”, explicou, na ocasião, o regulador nacional.

Este organismo afirmou que agiu assim que tomou conhecimento das suspeitas: “Tendo tomado conhecimento de suspeitas de irregularidades sobre as apostas desportivas sobre o jogo entre o Feirense e o Rio Ave, previamente à realização do jogo, notificou as entidades exploradoras para retirarem esta competição das respetivas listas de eventos sujeitos a aposta”, acrescentou.

O regulador salientou ainda que esta decisão “foi igualmente transmitida à Liga Portuguesa de Futebol”.

O Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, sob a dependência do Turismo de Portugal e tutelado pelo Ministério da Economia, é o órgão competente de fiscalização da exploração e prática dos jogos de fortuna ou azar concessionados pelo Estado.

O CDS-PP já pediu a audição no Parlamento do diretor do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos.

// Lusa

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