Trump culpa Delta e manifestações por problemas nos aeroportos

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Gage Skidmore / Flickr

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump

O presidente dos EUA afirmou esta segunda-feira que os problemas registados em aeroportos, depois de ter assinado o decreto anti-imigração, se deveram a uma avaria informática na Delta Airlines, aos protestos e às críticas de Chuck Schumer.

Donald Trump escreveu, no Twitter, que apenas 109 de um total de 325 mil pessoas “foram detidas para interrogatório” depois da entrada em vigor da ordem que bloqueia a entrada no país de cidadãos de sete países muçulmanos.

O secretário da Segurança Interna, John Kelly, “disse que está tudo a correr bem, com muito poucos problemas. A América tem de voltar a ser segura!“, escreveu.

“Tentar encontrar terroristas antes de eles entrarem no nosso país não é agradável. Mas vejam o que se passa no mundo!”, acrescentou.

Uma avaria informática na Delta no domingo à noite provocou atrasos nas partidas ou o cancelamento de pelo menos 150 voos da companhia aérea, situação que o Presidente também responsabilizou pela confusão nos aeroportos.

Em vários aeroportos, muitos manifestantes juntaram-se para protestar contra o decreto.

Na sexta-feira, depois do anúncio do decreto, o senador democrata Chuck Schumer tweetou: “Correm lágrimas pela face da Estátua da Liberdade”.

Quase uma hora depois destes tweets, o Presidente voltou à carga, dizendo que “se a proibição tivesse sido anunciada com uma semana de antecedência, os “maus” vinham a correr durante essa semana”. “Há muitos ‘tipos’ maus por aí”, concluiu.

Trump assinou na sexta-feira um decreto que impede a entrada nos Estados Unidos durante três meses aos cidadãos do Iraque, Irão, Iémen, Líbia, Somália, Sudão e Síria, no âmbito de um pacote de medidas para proteger o país de “terroristas islâmicos radicais”.

O decreto tem suscitado forte polémica, interna e internacionalmente. Procuradores-gerais de 16 estados federados, em representação de perto de um terço da população norte-americana, já condenaram o decreto e prometeram combatê-lo “com todos os meios disponíveis”.

Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse ver com “muita preocupação” as medidas impostas nos últimos dias pela nova administração americana.

Por outro lado, o seu homólogo italiano, Angelino Alfano, afirmou que a União Europeia “não está em boa posição” para criticar as políticas anti-imigração de Trump, uma vez que também “ergueu muros” durante a crise dos refugiados.

“Ou será que queremos esquecer que também nós, na Europa, erguemos muros?“, questionou o chefe da diplomacia italiana.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Cada vez mais, as soluções políticas, proferidas, pela ilustre classe política, encaminham este 3º calhau a contar do Sol, para a desgraça. Agora os que não nasceram Americanos, e tiveram o singular azar de nascer noutra latitude, são considerados pessoas não gratas, pelo Trump. Ser Americano, passou a ser a condição de viver. Todos os outros, nasceram defeituosos, e só lhes resta ficarem para a posteridade, conservados dentro de um frasco com alcool. América, América, para onde caminhas tu?. Será que o mar galgou a terra e a Estátua da Liberdade, ficou submersa.? Onde está o país de sonho das mais amplas liberdades?. Que andam estes tipos a engendrar?
    NOVA ORDEM MUNDIAL, É PRECISA URGENTE.

  2. Americanos mesmo são os índios (que os antepassados do Trampa tão bem trataram)…
    “the land of the free and the home of the brave.”

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