A atriz norte-americana, que protagonizou famosas séries televisivas, morreu esta quarta-feira aos 80 anos, rodeada pelo seu marido e amigos, informou a sua porta-voz.
Foi uma das primeiras estrelas da televisão nos Estados Unidos e uma grande ativista. Mary Tyler Moore, que estava internada há uma semana num hospital no Connecticut, morreu esta quarta-feira aos 80 anos.
A notícia foi avançada pela sua porta-voz Mara Buxbaum. Nos últimos dias, vários órgãos de informação norte-americanos reportaram que a atriz estava em estado grave.
Mary Tyler Moore sofria de diabetes e tinha sido operada ao cérebro em 2011. Era uma ativista da luta contra esta doença e da defesa dos direitos dos animais.
Nos anos 70, destacou-se como protagonista da comédia “The Mary Tyler Moore Show”, na qual desempenhava o papel de Mary Richards, uma jornalista de Minneapolis, solteira, liberal, que desafiava princípios conservadores.
Ao longo de sete temporadas, a série televisiva foi distinguida com três Globos de Ouro e mais de 30 Emmys, entre os quais o de melhor comédia, cabendo à atriz sete nomeações e três vitórias, nos prémios norte-americanos de televisão.
O “Dick Van Dyke Show”, na década de 60, dera a atriz mais dois Emmys e dois Globos de Ouro, como melhor atriz de comédia.
No cinema, destacam-se em particular as suas participações no musical de George Roy Hill, “Millie, Rapariga Moderna”, em que contracenou com Julie Andrews, e o papel dramático em “Gente vulgar”, como mãe que perdera um filho, desempenho muito afastado do seu registo de comédia, que lhe valeu o Globo de Ouro e uma nomeação para o Óscar de melhor atriz.
Na Broadway, destaca-se o prémio de melhor atriz em novo papel dramático, na peça “De quem é a vida afinal?”, de Brian Clark.
Com a Mary Taylor Moore Enterprises produziu, entre mais de duas dezenas de títulos, séries como “A Balada de Hill Street”, “Dr. Quinn” (com a CBS), “Os Julgamentos de Rosie O’Neill” e “Lou Grant”, comédia que levava a primeiro plano o chefe de redação do Mary Tyler Moore Show (1970-1977).