Portugal subiu sete posições e está entre os 10 países industrializados com melhores desempenhos quanto às políticas relacionadas com as alterações climáticas, segundo um índice cujos resultados são conhecidos esta quarta-feira.
O índice do Climate Change Performance Index (CCPI) mais atual é apresentado esta quarta-feira na 22ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, a decorrer em Marraquexe, Marrocos. Coloca Portugal em 11º lugar, o equivalente a um 8º já que os três primeiros lugares não foram preenchidos, e é uma subida de sete lugares relativamente ao ano passado.
O CCPI 2017, este ano em 12ª edição, é da responsabilidade da organização não-governamental de ambiente GermanWatch e da Rede Europeia de Ação Climática. A classificação compara o desempenho de 58 países que, no total, são responsáveis por mais de 90% das emissões de dióxido de carbono associadas à energia.
Tem por objetivo aumentar a pressão política e social, nomeadamente dos países que não têm feito o trabalho necessário no que respeita às alterações climáticas, como explica em comunicado a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, que faz parte da Rede Europeia de Ação Climática.
Explica a Zero que a metodologia se centra essencialmente em indicadores objetivos, sendo 80% da avaliação baseada em indicadores de emissões, eficiência (energética) e recurso a energias renováveis.
Os outros 20% baseiam-se na avaliação de cerca de 280 peritos dos países analisados. Em Portugal foram consultados peritos da ZERO e da GEOTA, outra organização ambientalista. A ZERO explica no comunicado que há na opinião dos peritos “uma insatisfação generalizada” quanto às medidas tomadas pelos países para assegurarem um aumento de temperatura global inferior a 2/1,5ºC em relação à era pré-industrial.
O CCPI 2017 (que se centra especialmente na política nas áreas das energias renováveis e da eficiência energética) mantém Portugal no mesmo nível quanto às emissões, penaliza o país pelo peso do uso do carvão nas centrais térmicas, regista uma melhoria quanto ao tráfego rodoviário, à eficiência energética e ao uso das energias renováveis, e penaliza o “recente desinvestimento” na área.
No que Portugal melhora muito, nota a ZERO, é na política climática internacional, nomeadamente por ter sido dos primeiros países a ratificar o Acordo de Paris, embora seja penalizado quanto à política climática nacional, “por ser revelar pouco ambicioso em relação aos objetivos a atingir, ficando-se por compromissos que praticamente já atingiu”.
Marrocos, país anfitrião da Cimeira, está na 8ª posição e é um líder no continente africano, nomeadamente pelos investimentos significativos em energias renováveis e pelos objetivos ambiciosos a médio e longo prazo.
A França, na 4ª posição, lidera o índice (não foram preenchidos os três primeiros lugares), resultado da diplomacia que permitiu o Acordo de Paris sobre o clima, no ano passado. A Suécia e o Reino Unido sucedem-se à França.
/Lusa
Não há problema: Alterações climáticas? Basta ir aos impostos e ainda taxas e taxinhas nas faturas, sacos de plástco e assim, e os contribuintes (que pagam realmente alguma coisa em nome próprio) ‘salvam’ o planeta.
Essas maravilhosas tecnologias consomem várias coisas ao mesmo tempo que produzem, as quais é preciso pagar bem pago e produzem, frequentemente “pró boneco” (ou para os españois à borliú). Alguém inverte isso, por favor?