Mais um preso foi encontrado morto esta manhã no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no estado do Maranhão, na região nordeste do Brasil, um dia após o início da transferência dos presos de alto risco.
O preso, identificado como Jô de Sousa Nojosa, foi encontrado dentro da cela, enforcado por uma espécie de corda fabricada com tecidos (“teresa”), segundo informações da Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão (SEJAP). A morte terá sido uma forma de retaliação pelas ações anunciadas pelo Governo para tentar reduzir a violência na prisão, disse à Lusa a assessoria da SEJAP.
“Acreditamos que, como houve transferências de presos perigosos ontem [segunda-feira, 20], seria uma espécie de retaliação“, observou a porta-voz da secretaria. A transferência em questão faz parte das ações anunciadas pelo Ministro da Justiça como forma de tentar controlar a situação na prisão.
Na última quinta-feira, 16, houve dois princípios de rebelião no entro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), uma das oito unidades prisionais do Complexo de Pedrinhas, em São Luís. Segundo a SEJAP, os presos estariam insatisfeitos com a presença da Polícia Militar e da Força Nacional no presídio. O princípio de motim foi controlado, e as celas foram vistoriadas.
Até ao momento, nove presos foram transferidos para prisões federais de segurança máxima, e a previsão é de que mais outros 26 ainda sejam também mudados de local. A intenção é isolar os criminosos de alto risco e manter afastados os detidos que pertencem às mesmas facções.
Com a morte de hoje, sobe para três o número de mortes em Pedrinhas, somente este ano, após 63 assassínios contabilizados em 2013.
ZAP / Lusa