Depois de dois terramotos que atingiram a região central de Itália, a terra ainda não parou de tremer no país. O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) destaca que já foram registadas mais de 100 réplicas no território só durante a madrugada e manhã de sexta-feira.
Mais de quatro mil pessoas continuam desalojadas na província de Macerata e estão agora hospedadas em tendas, estádios desportivos, e alguns cidadãos foram transferidos para hotéis da cidade de Visso.
As escolas locais também permanecerão fechadas até dia 31 de outubro.
Segundo o presidente do INGV, Carlo Doglioni, a região central do país tornou-se “mais instável” nos últimos anos, não podendo ser descartada a hipótese de novos terramotos de grande magnitude.
“Quando ocorre um grande terramoto, é provável que outro ocorra de seguida. Neste sentido, Amatrice é filha de Áquila e os terramotos de quarta-feira são filhos de Amatrice“, afirmou Doglioni ao jornal La Reppublica.
O especialista estava a referir-se aos dois maiores sismos registados em Itália nos últimos sete anos.
Áquila sofreu um terramoto de 6,3 graus na escala Richter em 2009, e vários sismos de menor dimensão – cerca de 309 pessoas morreram, 1,6 mil ficaram feridas e mais de 70 mil pessoas ficaram desalojadas.
Amatrice foi a principal cidade atingida pelo terremoto de 6 graus, em agosto deste ano, que provocou 298 mortos e destruiu tanto a pequena cidade italiana como as cidades de Accumoli e Arquata del Tronto.
Os dois terramotos registados na passada quarta-feira (de 5,4 e 5,9 graus) não causaram vítimas fatais ou feridos graves, mas destruíram comunas italianas, especialmente Castelsantangelo sul Nero, Ussita e Visso.
BZR, ZAP