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Inglaterra vai construir muro em Calais para travar imigração

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Yoan Valat / EPA

Em Calais, cerca de 1.500 migrantes tentaram forçar a passagem pelo Eurotunnel, entre França e o Reino Unido

Em Calais, cerca de 1.500 migrantes tentaram forçar a passagem pelo Eurotunnel, entre França e o Reino Unido

As autoridades britânicas de imigração anunciaram que vão começar a construir, na localidade francesa de Calais, um muro que impeça os refugiados e imigrantes ilegais de tentarem entrar no Reino Unido através do Eurotunnel, sob o Canal da Mancha.

“As pessoas ainda estão a entrar. Fizemos valas e agora vamos construir um muro para aumentar a segurança”, disse o Secretário de Estado da Imigração britânico, Robert Goodwill, citado pelo JN.

A “Grande Muralha de Calais“, como já é chamada pelos meios de comunicação ingleses, vai ter quatro metros de altura e um quilómetro de comprimento ao longo da estrada de acesso ao porto de Calais.

Construído em betão escorregadio – para que seja mais difícil escalá-lo – e com um quilómetro de extensão, o muro será decorado com plantas e flores para diminuir o seu impacto visual.

Espera-se que a nova barreira impeça os milhares de migrantes que estão na “Selva de Calais” – o campo de refugiados que está a ser demolido aos poucos – de chegarem ao Reino Unido.

Os camionistas e as empresas de transportes têm vindo a queixar-se que os refugiados tentam entrar nos camiões que vão para o Reino Unido, para passarem despercebidos pelas autoridades.

Para impedir tal situação, a estrutura será erguida nos lados da estrada onde os imigrantes têm tentado entrar nos veículos recorrendo a pedras, carrinhos de compras e até troncos de árvore para parar os camiões.

A construção do muro, acordada em março entre a França e o Reino Unido, será totalmente financiada pelo governo britânico e deverá custar mais de 2 milhões de euros.

BZR, ZAP

3 Comments

  1. Pois é! Está a cair a máscara a esta Europa podre.
    Goste-se ou não, o País que abordou esta questão com maior lucidez e pragmatismo foi a Hungria.
    Tiveram a capacidade de perceber que o valor “solidariedade”, pilar central da construção europeia, é e foi sempre um logro de que são exemplos as desigualdades de tratamento entre estados membros, mesmo em circunstâncias iguais.
    A Hungria foi a unica a entender que a permissividade europeia “encapotada” em solidariedade, se iria transformar “num negócio” para alguns (alemães por exexemplo).
    A realidade hoje dá-lhes razão ( aos hungaros ). Alguns países absorveram até ao limite que lhes interessou ( interessou porque, entre outras coisas, têm agora gente a trabalhar com mão de obra muito mais barata ) refugiados e agora, “esquecendo” a solidadriedade, vão mandando dinheiro, pra se verem livres do problema, para países como Grécia, Itália e, fora da UE, a Turquia. Eles continuam a chegar todos os dias e a resposta desta europa com solidadedade à moda alemã, é a construção de muros que se vai assumindo por toda a europa duma forma que vem sendo gradual.

  2. Os antigos Gregos,creio até que Aristóteles,diziam que as Leis eram as muralhas que defendiam a cidade no sentido da Justiça.
    Nesta Europa estranha de hoje e não só.opta-se agora pela construcção de muros para defesa da indiferença,da maldade e dos interesses obscuros.
    Pensava-se que o derrube dos muro de Berlim seria o principio de uma almejada nova Europpa.Como sempre a nossa colectiva ingenuidade.
    Não conseguimos entender nada.

  3. Quando a incompetência dos políticos não consegue resolver o problema pela via diplomática eis que se chega a uma solução mais radical e até diga-se mais engraçada esta de um país vir construir um muro em casa dos outros para resolver em parte o assunto, já nos USA o senhor Tramp também pensa construir um muro no seu país mas para os mexicanos pagarem, com políticos destes de facto parece-me que estamos entregues à bicharada.

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