A parte norte do campo de migrantes de Calais, no norte de França, será demolida em breve, deixando milhares de pessoas sem qualquer proteção.
A medida foi anunciada esta segunda-feira pela presidente da Câmara da cidade, Natacha Bouchart, que considera que a remoção da “favela insalubre” é “absolutamente urgente para esta cidade, a sua população e os seus negócios”.
A autarca conservadora afirmou que o ministro do Interior comunicou que em breve será definida uma data para a demolição do resto do acampamento de Calais, conhecido como “Selva de Calais”.
“Precisamos saber logo que possível como e quando a Selva vai ser demolida“, referiu Natacha Bouchart. “Não podemos esperar mais”, exigiu a autarca.
De acordo com o Telegraph, os números oficiais apontam para cerca de 4.500 migrantes e refugiados despejados, maioritariamente de origem africana e do Médio Oriente. No entanto, algumas organizações não-governamentais sublinham que serão mais de seis mil as pessoas afetadas.
A parte sul do acampamento de calais foi destruída em março, forçando milhares de migrantes a instalar-se em campos menores nos arredores.
A demolição da parte sul não só não foi solução para o problema em questão como obrigou a Bélgica – Espaço Schengen, que advoga a livre circulação – a reintroduzir temporariamente o controlo na fronteira com Calais.
O campo, apelidado de “Selva” devido às suas condições de vida e higiene deploráveis, acolhe em tendas e cabanas improvisadas migrantes que esperam atravessar o Canal da Mancha e encontrar no Reino Unido uma vida melhor.
ZAP
Agora que não vão entrar no Reino Unido deverão voltar à procedência.