Última fábrica de VHS do mundo vai fechar

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O último fabricante japonês que ainda produzia leitores e gravadores de VHS dá finalmente por terminada a era das cassetes, anunciando o fim da produção destes equipamentos.

A Funai Electric, a última empresa conhecida a construir gravadores de videocassetes no formato VHS no Japão, vai deixar de fabricar esse tipo de dispositivo até o final de julho.

De acordo com o Nikkei, jornal japonês especializado em economia, a decisão foi tomada devido ao reduzido volume das vendas e à dificuldade em conseguir os componentes necessários.

A Funai fabricava os VCRs na China e vendia para todo o mundo através da marca Sanyo.

A empresa, com sede em Osaka (oeste do país), lançou-se no ramo em 1983 e chegou a vender cerca de 15 milhões de vídeo gravadores por ano durante a época de maior popularidade do formato VHS, entre meados dos anos 1980 e 1990.

Agora, com a generalização dos discos óticos e de outros sistemas digitais, foram comercializados apenas 750 mil aparelhos no último ano – uma média superior a dois mil por dia, o que demonstra que ainda há uma legião de utilizadores nostálgicos que, por opção ou obrigação, ainda continuam a dar uso às cassetes VHS.

Há quem refira que as cassetes VHS terão comportamento idêntico ao ressurgimento dos discos de vinil, havendo algumas cassetes consideradas raras que chegam a atingir preços de milhares de euros entre os coleccionadores.

O formato VHS (sigla em inglês de Video Home System) foi lançado em 1976 pela empresa nipónica JVC, tornando-se no principal formato vídeo para uso doméstico e rivalizando com a Betamax durante quase duas décadas.

 

Betamax da Sony, no entanto, também teve uma vida longa. Os seus leitores de cassetes deixaram de ser produzidos em 2002, mas as videocassetes continuaram até novembro de 2015. O formato pode ter perdido a guerra para o VHS, mas ainda vive no mundo profissional com o Betacam.

Aberto até de MadrugadaCanal Tech

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