Os visitantes do antigo campo de concentração estão a encontrar vários Pokémon no local, algo que os responsáveis do memorial consideram “desrespeitoso” e ” inapropriado”.
A febre do Pokémon Go está a tomar conta dos jogadores espalhados por todo o mundo, mesmo nos países onde o jogo ainda não está oficialmente disponível, como é o caso de Portugal.
Para já, o jogo só existe nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália e chegou mais recentemente à Europa, mas só na Alemanha.
No entanto, as pessoas que ainda não podem aceder ao jogo estão a conseguir fazê-lo, registando-se através desses mesmos países.
Por se tratar de um jogo que desafia os jogadores a caminhar pelas ruas em busca das criaturas, nos últimos dias têm surgido vários episódios insólitos.
Apesar de só estar presente em solo alemão, o jogo já está a “fazer estragos” noutras zonas, nomeadamente no antigo campo de concentração de Auschwitz, na Polónia.
O campo foi um dos principais palcos do Holocausto, onde morreram milhares de vítimas do regime nazi, à custa do trabalho forçado e da morte em câmaras de gás.
Mas, pelos vistos, isso não impede os visitantes de se divertirem com o jogo enquanto visitam o local, que agora é um museu dedicado a esse tempo negro da história da Humanidade.
Os responsáveis pelo local consideram que é “desrespeitoso” e ” inapropriado” esse tipo de comportamento.
“Foi aqui que milhares de pessoas sofreram, desde judeus, polacos, ciganos, russos e pessoas de outras nacionalidades”, afirmou o porta-voz do museu, Pawel Sawicki.
Por isso, o museu solicitou aos criadores do Pokémon Go que retirem a área do memorial da geolocalização do jogo.
“Queremos sensibilizar, de maneira geral, todos os produtores de jogos sobre o respeito à memória das vítimas do maior campo de concentração nazi da II Guerra Mundial”, acrescentou.
Segundo a New York Magazine, citada pelo Mashable, um jogador chegou mesmo a reportar a presença de um “quadrado azul” na área, indicando a possibilidade de uma PokéStop.
O museu de Auschwitz não é o primeiro lugar a solicitar que a geolocalização seja retirada do seu espaço. Na terça-feira passada, o mesmo aconteceu com o museu do Holocausto, em Washington, nos Estados Unidos.
Em comunicado, o diretor de comunicação do museu, Andy Hollinger, informou que também entrou em contacto com a produtora Niantic para a remoção dos Pokémon do espaço.
“A tecnologia pode ser uma importante ferramenta de aprendizagem mas, neste caso, o jogo em nada corresponde à nossa missão educacional”, afirmou.
Num dos casos em que um jogador encontrou um Pokémon no museu, foi precisamente uma criatura chamada “Koffing” que, no jogo, é conhecida por utilizar gás para derrotar os seus adversários.
Várias pessoas consideraram ser uma situação perturbadora, uma vez que pode ser diretamente relacionada com o uso de gás durante o Holocausto para aniquilar milhões de judeus.
ZAP / Canal Tech
Os Judeus reclamam de tudo. Se as pessoas querem jogar no museu dos mortos, que joguem à vontade. Ao menos levam alguma alegria a essas zonas sombrias. Porque é que não pedem também às operadores de telemóvel para bloquearem a rede nesses sítios para que as pessoas não fiquem a conversar no telefone dentro dos museus dos mortos? Judeus do diabo!!!