Uma equipa internacional de investigadores demonstrou ser possível a hipótese de que o Big Bang foi na verdade um Big Bounce.
Isto significa que o universo não surgiu de uma grande explosão que trouxe tudo à existência, mas simplesmente começou a expandir-se novamente depois de se contrair totalmente.
A teoria do Big Bounce (ricochete), pensada pela primeira vez mais de 100 anos atrás, foi criada para explicar como o universo se formou.
Ao contrário do modelo do Big Bang, que afirma que o universo nasceu a partir de uma gigantesca explosão de um ponto infinitamente denso, o Big Bounce propõe que o universo está em constante expansão e contração.
Isto significa que o universo funciona como uma espécie de balão: expande-se a partir de um único ponto, cresce até atingir uma certa distância máxima, e depois contrai-se de volta ao ponto original, para começar todo o processo novamente.
Até agora, um dos maiores problemas com este modelo hipotético era explicar como é que o universo faria a transição de contração para expansão quando estivesse totalmente “esvaziado”.
O novo estudo, publicado na revista Physical Review Letters, tentou resolver essa questão usando as propriedades da mecânica quântica.
Modelo computacional
Os físicos Steffen Gielen, Imperial College London (Reino Unido), e Neil Turok, Perimeter Institute for Theoretical Physics (Canadá), descrevem que, quando o universo está no seu menor ponto, é governado pela mecânica quântica, em vez da física clássica que rege o mundo à nossa volta.
Nesta escala extremamente pequena, o universo seria salvo da destruição porque os efeitos da mecânica quântica, em essência, evitam que as coisas se partam e se separem.
Para chegar a essa conclusão, a equipa construiu um modelo de computador que simula como o universo pode ter evoluído ao longo do tempo.
Os investigadores descobriram, usando a mecânica quântica, que o universo poderia ter-se ampliado a partir de um único ponto, mesmo com a quantidade mínima de ingredientes – radiação e um pouco de matéria – presentes no momento.
“A grande surpresa no nosso trabalho é que conseguimos descrever mecanicamente os primeiros momentos do Big Bang, com base em pressupostos mínimos sobre a matéria presente no Universo. Com esses pressupostos, o Big Bang foi um ricochete, no qual a contração reverteu-se para uma expansão”, descreve Neil Turok.
Enquanto o atual modelo explica como o universo pode fazer a transição entre expansão e contração, os investigadores estão agora a investigar se este modelo simples consegue explicar a origem de perturbações na estrutura do universo, como galáxias e outras estruturas celestes.
“A capacidade do nosso modelo de dar uma solução possível para o problema do Big Bang abre caminho para novas explicações para a formação do universo”, explica Steffen Gielen.
Sim, essa é a minha teoria também, pois o Universo não teve princípio nem terá um fim. Nada se perde, tudo se transforma.
A mente humana é que ainda tem dificuldade em entender o “Infinito”, mas lá chegaremos.
Sugiro a visualização de videos de palestras do físico Nassim Haramein, ele foi pioneiro a demonstrar visualmente como funciona esta contração/expansão do Universo.
Tantas teorias, que se vão confirmando e anulando ao sabor dos tempos.
Não seria bem mais fácil imaginar o Universo como um Ser vivo em que nós vivemos, e que está a crescer como qualquer criança cresce e depois estabilizará como uma adulto e por fim definhará e “morre” .. Imaginem-nos com “habitantes de electrões” que giram em torno de um núcleo, e todo o universo o conjunto de átomos. Nós podemos ser “coisas indetectáveis de tão pequenas”.. da mesma forma como nós não sabemos o que existe no nosso ADN… O que temos dentro de nós, que seres vivos existem, bactérias e virus detectamos, mas imaginemos coisas muito menores …
Os cientistas, mais aqueles que acreditando na ciência cegamente, insistem em que tudo tem que ser explicado cientificamente, pensando que as suas teorias são infalíveis, que se cuidem…
Nenhum cientista que se preze considera as teorias infalíveis, nem acredita nelas cegamente. Repito, nenhum cientista que se preze.
Também partilho desta ideia, mas há um problema: como se iniciou o universo? Da fase comprimida para a expandida( big bang) ou vice versa? Se foi a primeira hipótese, há aqui algo estranho. Tudo o que existe estava confinado a um ponto com um diâmetro desconhecido com a densidade máxima possível( não infinita); estámos a falar, óbviamente, do buraco negro universal. Mais um problema: massa total e densidade máxima dá uma velocidade de fuga estúpidamente superior à velocidade da luz na sua superfície. Mesmo que este BNU se quisesse expandir à velocidade da luz(em princípio, máxima na natureza), a expansão seria práticamente nula e desabaria novamente sobre ele próprio. Enfim, não haveria a expansão que hoje se verifica. Uma hipótese: modificação da fórmula para determinar a velocidade de fuga na superfície de qualquer corpo de massa. Em linguagem corrente: talvez numa situação extrema( massa e densidade máximas) o campo gravitacional do corpo enfraqueça ao ponto da velocidade de fuga na sua superfície se tornar igual à velocidade da luz; logo, o BNU ao querer-se expandir à velocidade C, consegue não só fazê-lo como ainda expandir-se da forma como hoje verificamos.