A longo prazo, o consumo regular de chocolate reduz em 40% o risco de declínio mental em idosos.
Um estudo realizado por investigadores portugueses de diversas instituições é o primeiro que associa o efeito a longo prazo do chocolate com o declínio cognitivo em pessoas idosas.
Participaram no estudo, inicialmente, 531 participantes com 65 ou mais anos. O grupo foi avaliado a vários níveis: histórico socio-cultural, condição física e capacidades cognitivas normais que foram testadas através do famoso teste Mini-Mental State Examination (MMSE).
O consumo de chocolate e café também foi avaliado, ao longo da investigação.
Dois anos depois, os pacientes voltaram a ser examinados na Universidade do Porto para verificar como estavam as suas capacidades cognitivas, ou seja, para ver se a sua capacidade mental tinha deteriorado.
Segundo o estudo, publicado em junho no Journal of Alzheimer’s Disease, o consumo moderado de chocolate reduziu em 40%, o risco de declínio mental dos participantes. Os investigadores apontam os flavanóides, ingrediente antioxidante presente no chocolate, como sendo responsáveis por este efeito.
Uma informação importante a ter em conta é que o efeito protetor do chocolate só foi encontrado nos participantes que consumiam menos de 75 miligramas de café por dia, o equivalente a um expresso normal.
Embora seja difícil avaliar os efeitos do chocolate a longo termo devido às limitações associadas ao estudo de hábitos alimentares, a investigação concluiu que o consumo regular de chocolate tem, efetivamente, efeitos preventivos ao nível do declínio cognitivo em idosos.