Autor do tiroteio de Dallas tinha “projetos devastadores”

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O chefe da polícia de Dallas, nos Estados Unidos, afirmou que o autor do tiroteio que provocou a morte de cinco polícias tinha “outros projetos devastadores” e começou a planeá-los há algum tempo.

Micah Johnson, um antigo soldado afro-americano de 25 anos que na quinta-feira passada matou cinco polícias em Dallas e feriu sete, “tinha outros projetos” tendo em vista o arsenal de guerra que foi encontrado na sua casa, indicou David Brown, em entrevista ao canal televisivo CNN.

“O suspeito tinha praticado a detonação de explosivos e o material era suficientemente importante para ter efeitos devastadores na cidade e na região norte do Texas”, afirmou.

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Micah Xavier Johnson, responsável pelo massacre de 5 polícias em Dallas, no Texas

Micah Xavier Johnson, responsável pelo massacre de 5 polícias em Dallas, no Texas

A polícia encontrou em casa de Johnson, nos arredores de Dallas, material para fabrico de bombas, armas, munições e instruções de táticas de combate.

Segundo o chefe da polícia, o indivíduo terá planeado o tiroteio antes dos episódios de violência policial que provocaram a morte de dois negros, um na terça-feira no Luisiana e outro na quarta-feira no Minnesota.

As mortes foram registadas em vídeo e chocaram o país.

A polícia norte-americana foi o alvo do tiroteio de quinta-feira à noite, quando Johnson disparou contra os agentes que acompanhavam uma manifestação de protesto contra a morte dos dois afro-americanos.

“Pensamos” que tinha planeado o ataque antes destes dois casos “que só provocaram o seu delírio e aceleraram os seus projetos“, disse Brown.

Durante o período de confrontação com a polícia, antes de Johnson ser abatido por uma bomba ativada por um robot, “mentiu-nos, dizia que queria matar mais e que tinha bombas”.

“A negociação não avançava” dado que “ele estava determinado a matar outros polícias e isso teria acontecido se não tivéssemos atuado”, explicou.

David Brown também disse que o suspeito, aparentemente ferido, escreveu as letras ‘RB’ com o seu sangue, numa parede do local onde esteve escondido.

/Lusa

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