O escritor futurista norte-americano Alvin Toffler, autor de livros como a “Terceira Vaga” que inspiraram líderes mundiais, morreu em sua casa em Los Angeles, aos 87 anos.
Segundo um comunicado da Toffler Associates, a sua empresa de consultoria, o autor morreu segunda-feira. Não foi dada informação sobre a causa de morte.
Nascido em Nova Iorque em Outubro de 1928, Alvin Toffler escreveu sobre temas do futuro: o progresso do capitalismo, o lugar da história nas sociedade ou a forma como o homem social se iria, no futuro, relacionar entre si.
No seu livro mais famoso, “Future Shock” (“Choque de futuro”), publicado em 1970, Alvin Toffler falou sobre as mudanças sociais esperadas para o mundo.
Publicado em 50 países, o “Future Shock” vendeu 15 milhões de exemplares.
Em Portugal, o autor é mais conhecido pela obra “A Terceira Vaga“, publicada em 1980.
A sequela de “Future Chock” descreve a transição dos países desenvolvidos da Era Industrial, que chama “Segunda Vaga”, para a Era da Informação, numa sociedade da “Terceira Vaga”.
O livro é descrito como “uma obra explosiva que altera dramaticamente a maneira como cada qual se vê a si próprio e analisa o mundo que o rodeia. Antevê a economia do mundo do futuro e o sentido de personalidade individual e familiar numa sociedade pós-nuclear, assim como as atitudes sexuais dos humanos vindouros, as suas preferências no campo da política, do trabalho e dos lazeres. A Terceira Vaga é pois uma antecipação iluminada do amanhã.”
Durante a sua carreira, previu corretamente vários desenvolvimentos económicos e tecnológicos, incluindo a clonagem, o casamento homossexual e a aceleração na transmissão de informação, popularizando a expressão “information overload” (“sobrecarga de informação”).
Alvin Toffler esteve entre os primeiros autores a reconhecerem que o conhecimento, e não o trabalho ou as matérias-primas, viria a tornar-se o recurso económico mais importante das sociedades avançadas.
“Muitas daquelas previsões foram confirmadas e a tese central do seu trabalho, que uma nova economia baseada no conhecimento substituiria a era industrial, provou estar correta”, escreve, no comunicado, a sua empresa.
ZAP / Lusa