A poucos dias do início do Europeu de futebol, a capital francesa assiste à subida do rio Sena que, esta sexta-feira, deve ultrapassar o nível máximo da água registado em 34 anos.
Depois de vários dias em que a chuva não dá tréguas em Paris, as águas do rio Sena continuam a subir e, esta sexta-feira, podem ultrapassar o nível máximo registado nos últimos 34 anos.
Segundo um alerta do Ministério do Ambiente francês, até ao final da tarde de hoje, “nas hipóteses mais desfavoráveis”, as águas podem atingir entre 6,30 a 6,50 metros, o que ultrapassa o máximo registado desde 1982, de 6,15 metros.
“O nível alto deverá manter-se estável durante o fim-de-semana antes de começar a recuar”, é um dos avisos presentes no comunicado do Ministério.
Já durante o dia de ontem, os museus situados à beira do rio viram as suas margens inundadas, obrigando as autoridades a retirar as obras de arte que se encontravam no subsolo.
Tanto o museu do Louvre, que recebe nove milhões de visitantes por ano, como o museu d’Orsay fecharam portas para garantir a preservação das várias obras de arte.
Na capital francesa já foram colocadas barreiras de emergência nas margens do rio e muitas pontes tiveram de ser interditadas, assim como algumas linhas de metro e de comboio.
Segundo informações do Governo francês, as cheias já fizeram mais de 20 mil desalojados e cerca de 25 mil casas ficaram sem eletricidade, sendo a maior parte na região próxima à capital francesa.
O presidente francês, François Hollande, anunciou ontem que vai declarar estado de catástrofe natural para as áreas mais afetadas pelo temporal.
Até ao momento, o país já registou pelo menos duas mortes, a par da Alemanha que também sido atingida pelo mau tempo. Segundo avança a AFP, no total, as cheias da última semana já causaram 11 mortos.