O Banco de Portugal (BdP) entregou ao Estado dividendos no valor de 186 milhões de euros relativos a 2015, o valor mais baixo desde 2011.
De acordo com o relatório anual do Banco de Portugal de 2015, divulgado esta segunda-feira, os dividendos ilíquidos somaram os 186 milhões de euros no ano passado, abaixo dos 243 milhões registados em 2014, mas também abaixo dos 202 milhões entregues em 2013 e dos 359 milhões de euros de dividendos em 2012.
Para encontrar um valor inferior, é preciso recuar a 2011, ano em que a instituição liderada por Carlos Costa entregou ao Estado 19 milhões de euros em dividendos.
Quanto aos impostos correntes, verifica-se que o Banco de Portugal pagou 91 milhões de euros em 2015, um valor inferior aos 128 milhões pagos no ano anterior mas superior aos impostos pagos em 2014, que atingiram os 75 milhões de euros.
Ao todo, considerando dividendos e impostos correntes, em 2015, o Banco de Portugal entregou ao Estado 277 milhões de euros, menos 94 milhões do que em 2014, ano em que contribuiu com 371 milhões de euros.
O Banco de Portugal teve lucros de 233 milhões de euros no ano passado, uma queda de 23,4% face ao ano anterior, quando registou lucros de 304 milhões de euros.
Os resultados em operações financeiras atingiram os 372 milhões de euros, um crescimento de 71,8% em relação a 2014, ano em que estes resultados se cifraram nos 216 milhões de euros.
Quanto aos gastos administrativos, em 2015, foram de 179 milhões de euros, em linha com os registados no ano anterior (172 milhões de euros).
Destes gastos, a parcela mais relevante é relativa aos gastos com pessoal, que atingiu os 120 milhões de euros no ano passado (mais cinco milhões do que em 2014), seguindo-se os gastos com fornecimentos e serviços a terceiros, que somaram os 47 milhões (mais cinco milhões do que em 2014).
O número médio de trabalhadores também aumentou em 2015, para os 1.708 colaboradores, dos quais 394 estão afetos à função de supervisão do Banco de Portugal. Em 2014, o banco central contava com 1.681 trabalhadores, dos quais 372 estavam alocados à função de supervisão do banco.
ZAP / Lusa