A Google pôs o seu sistema de Inteligência Artificial a ler 2.865 romances de modo a fazê-lo melhorar a sua interação com humanos, perceber melhor a linguagem por nós utilizada e dar melhores respostas aos pedidos.
Enquanto a inteligência artificial do Google se mostra bastante avançada com respostas eficientes – cerca de 10% das respostas de email via mobile já são feitas pelo sitema Smart Reply, que faz uma varredura aos emails enviados e rascunhos e sugere respostas com base nestes, poupando o esforço de escrever -, ela falha em situações que exigem mais fluidez na conversa.
Assim, nos últimos meses, os investigadores da empresa puseram a máquina a ler romances para desenvolver melhor as suas capacidades linguísticas, assimilando mais nuances da linguagem.
Andrew Dai, engenheiro de software da Google, explica ao site BuzzFeed News que o processo tem-se mostrado eficaz devido à similaridade no conteúdo dos livros.
As histórias são muito parecidas, contadas com novas palavras a cada livro, o que faz com que o “cérebro jovem” do robô foque em como a língua inglesa está a ser usada para contar as histórias, em vez do conteúdo.
O motor ficou encarregue de escrever frases da sua autoria tendo como base o que tinha aprendido e os resultados foram depois comparados com o texto dos livros originais que tinha lido. De acordo com Andrew Dai, o computador já deverá ser capaz de escrever uma obra literária com o que aprendeu.
Não seria o primeiro livro escrito por um robô, já que em 2013, o NaNoGenMo desenvolvido por Darius Kazemi escreveu um breve romance para o concurso National Novel Generation Month, que premeia obras escritas com cerca de 50 mil palavras.
