Uma equipa do Institute for Digital Archaeology está a trabalhar numa réplica daquele que é um dos monumentos mais importantes da cidade síria, recentemente destruído pelo Estado Islâmico.
Depois da recente expulsão dos terroristas do Estado Islâmico da cidade de Palmira, na Síria, as esperanças em conseguir reconstruir o património histórico destruído pelo grupo reacenderam.
Porém, os vários monumentos destruídos pelos extremistas estão de tal forma danificados que podem não ter salvação possível. Face a esta situação, as organizações responsáveis por este “reerguer da cidade” não querem baixar os braços e estão a investir na criação de réplicas idênticas aos monumentos originais.
A primeira réplica já está a ser construída e representa um dos monumentos mais conhecidos, isto é, o Arco do Triunfo, o monumento de entrada da cidade síria destruído em outubro do ano passado.
A réplica, de aproximadamente seis metros de altura e doze toneladas, deverá ficar pronta no próximo mês e está a ser construída a partir de um modelo 3D desenvolvido por computador.
Este modelo foi criado a partir de fotografias, tanto profissionais como amadoras, que juntas conseguiram captar todas as informações estruturais necessárias para a reprodução do monumento.
O conjunto desses dados foi enviado para Itália, país onde um grupo de robôs está então a esculpir o “novo Arco do Triunfo” a partir de blocos de mármore egípcio.
Quando a réplica estiver finalizada, a ideia é que esta seja instalada, de forma temporária, na Trafalgar Square em Londres e, no final do ano, seja transferida para a cidade de Nova Iorque.
“Este é o momento pelo qual tanto esperamos”, afirmou Roger L. Michel Jr, fundador e diretor do Institute for Digital Archaeology, que trabalha com instituições como Harvard, Oxford e o Museu do Futuro no Dubai.
Em declarações ao The New York Times, o responsável acredita que esta é, sem dúvida, uma “mensagem poderosa” para todos aqueles que têm a intenção de destruir património da humanidade.
“Cada vez que um destes monumentos ressuscitar dos escombros, é uma oportunidade para enfraquecer a mensagem de medo e de ignorância que estas pessoas estão a tentar espalhar”, afirma.
“Se eles os destruírem, nós vamos reconstrui-los. Se eles os destruírem outra vez, nós vamos reconstrui-los outra vez”, conclui.
Alexy Karenowska, diretora da tecnologia do instituto, reconhece que a reprodução nunca será como a original, mas que o projeto prova que a tecnologia é capaz de fazer coisas importantes para toda a humanidade.
ZAP / Canal Tech