Governo volta a ganhar controlo sobre um meio de comunicação turco, desta vez através da agência de noticias do mesmo grupo do jornal Zaman.
Depois de no fim-de-semana terem colocado o jornal de maior circulação no país, o Zaman, sob o controlo do Governo turco, o mesmo acontece agora com a agência de notícias do mesmo grupo.
Segundo o The Guardian, as autoridades turcas alargaram esta terça-feira o controlo sobre a a agência Cihan, no mesmo dia em que a cimeira UE-Turquia chega finalmente a uma conclusão.
A agência informou no seu site que um tribunal de Istambul decidiu que, tal como aconteceu com o jornal, também um administrador público vai assumir funções.
Este é mais um ataque do Governo turco à liberdade de imprensa no país, uma atitude que está a ser fortemente contestada por todos os outros países europeus.
Durante o fim-de-semana, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, prometeu abordar a questão durante a cimeira com o primeiro-ministro turco.
“A UE tem sublinhado constantemente que a Turquia, enquanto país candidato, deve respeitar e promover elevados padrões e práticas democráticas, entre os quais a liberdade dos media”, referiu, na altura, um comunicado do serviço diplomático da União Europeia.
Segundo o jornal Público, a chanceler alemã Angela Merkel assegurou, à saída de Bruxelas, que 28 Estados-membros manifestaram o seu apoio inequívoco à liberdade de imprensa.
O primeiro-ministro Ahmet Davotuglu respondeu que “a liberdade de imprensa é um valor base também na Turquia” e insistiu que o controlo estatal do Zaman resulta apenas de um processo “unicamente judicial”.
Desde que o Governo turco se apropriou do Zaman que o jornal mudou rapidamente a sua linha editorial, passando a dar destaque a notícias que o beneficiam.
A edição de domingo, a primeira depois de estar sob o controlo do Estado, mostrava uma imagem do presidente Erdogan acompanhada por um artigo sobre uma nova ponte que está perto de estar concluída.
O grupo do jornal Zaman e da agência Cihan está fortemente ligada ao clérigo Fettullah Gülen, um antigo aliado do presidente turco que agora é acusado de uma tentativa de golpe de Estado.
Gülen vive atualmente exilado nos Estados Unidos e é considerado o fundador do Hizmet, um movimento considerado “terrorista” pelo Governo.
ZAP
E é este país muçulmano que quer fazer parte da UE? Não, nunca, os Turcos estao a fazer chantagem sobre a Europa com os refugiados. Em relação ao dinheiro, é para ir parar aos bolsos do presidente e do filho. Mas o que e que os Turcos tem de Europeus? Uma nesga muito pequenina de território, na parte Europeia, porque o resto e tudo médio oriente. Espero que haja países na UE a dizerem não.