Fila num “abasto Bicentenário”, a cadeia estatal de supermercados, em Caracas, Venezuela
As autoridades reforçaram este sábado a segurança em alguns supermercados de Caracas. A medida decorre do aumento da tensão por causa das filas cada vez maiores de pessoas procurando produtos que começam a faltar.
Ao fim da manhã de hoje, no leste de Caracas, equipas da polícia foram enviadas para uma sucursal da rede estatal de supermercados Bicentenário, em Terrazas del Avila, onde os clientes disseram aos jornalistas ter havido situações de violência.
De acordo com relatos da imprensa local, algumas pessoas ouviram “alguns tiros” no local.
Uma portuguesa explicou que os acessos ao local “chegaram a ser fechados pela polícia” e que havia fila de “mais de dois quilómetros”, que atingia a avenida Grande Mariscal de Ayacucho.
A área está a ser vigiada por agentes da Guarda Nacional Bolivariana.
Residentes de Terrazas del Avila trocaram informações no Twitter, onde foram divulgadas imagens de longas filas perto de centros comerciais de La Yaguara, na zona oeste de Caracas.
Fora da capital venezuelana, as imagens mostram grandes filas no estado de Carabobo, a 200 quilómetros a oeste de Caracas, na cidade de Valência.
Segundo a imprensa local, um jornalista do canal de televisão Globovisión foi agredido por recolher imagens das filas.
Em Upata, a 730 quilómetros da capital, pessoas tentaram saquear um supermercado que recebia um carregamento de óleo vegetal. Em Puerto Cabello, a 210 quilómetros de Caracas, um carregamento de milho foi saqueado.
ZAP / ABr
