O vocalista dos Eagles of Death Metal, a banda que estava a actuar no Bataclan, em Paris, quando jihadistas abriram fogo contra o público em novembro passado, defendeu o porte de armas e disse que todos devem ter acesso a elas.
O músico Jesse Hughes afirmou esta terça-feira que a rigorosa legislação francesa sobre porte de armas não tem nada a ver com o ataque terrorista de 13 de Novembro, mas questiona se a lei ajudou a impedir alguma das 90 mortes no ataque.
A 13 de novembro de 2015, os Eagles of Death Metal actuavam no Bataclan, perante cerca de 1.500 espectadores, quando um grupo de terroristas ligados ao Estado Islâmico entrou na sala de espectáculos e disparou contra a plateia, matando 90 pessoas, entre as quais o manager da banda, Nick Alexander.
As declarações de Hughes surgem pouco antes do regresso dos Eagles of Death Metal a Paris, onde se vão apresentar perante centenas de sobreviventes dos atentados de Paris, que fizeram 130 mortos e mais de 350 feridos.
Hughes ressalvou que as severas leis de controle de armas da França “nada tinham a ver” com o ataque terrorista, mas questionou se o controle de armas impediu alguma pessoa de morrer naquela noite, no Bataclan.
“Se alguém puder dizer que sim, gostaria de saber, porque eu não penso assim”, disse Huges.
“Acho que a única coisa que impediu mais mortes foi alguns dos homens mais corajosos que já vi na vida, que encararam a morte de frente empunhando as suas armas de fogo”, disse o músico de 43 anos à estação televisiva francesa iTélé.
O vocalista afirma que enquanto as armas não forem todas abolidas, todos têm que as ter – ou seja, ou ninguém tem ou têm todos.
“Enquanto alguém tiver armas, todos devem tê-las“, defende Jesse Hughes, que além dos EoDM foi também fundador dos Queens of the Stone Age.
Hughes, que é membro da America’s National Rifle Association, o influente lobby americano das armas, apoia o pré-candidato republicano Donald Trump,
ZAP / DW