Nunca a expressão “somos o que comemos” fez tanto sentido. Uma investigação científica comprova que a comida que ingerimos influencia os nossos genes.
Esta investigação, publicada no jornal científico Nature Microbiology, constatou que quase todos os nosso genes podem ser influenciados pela comida que ingerimos.
A equipa internacional de investigadores liderada por Markus Ralser da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, analisou o processo do metabolismo a partir de células de levedura.
A levedura é mais fácil de manipular do que organismos de maiores dimensões e dispõe de um sistema genético e celular idêntico ao dos animais e dos humanos, o que explica a escolha dos investigadores, conforme se justifica no comunicado divulgado pela UC.
Para avaliarem como é que o metabolismo, ou seja, a transformação da comida em energia por parte das células, afectava os genes nas células de levedura, os investigadores manipularam as reacções metabólicas geradas pelo processo bioquímico.
“Quase nove em dez genes e os seus produtos foram afectados por mudanças no metabolismo celular”, notaram os cientistas.
“O metabolismo celular joga um papel muito mais dinâmico nas células do que pensávamos antes. Quase todas as células de um gene são influenciadas pelas mudanças dos nutrientes a que têm acesso. De facto, em muitos casos, os efeitos foram tão fortes que, mudar o perfil metabólico de uma célula fazia com que os genes se comportassem de uma forma completamente diferente“, explica Markus Ralser.
“A visão clássica é de que os genes controlam como os nutrientes são partidos em moléculas importantes, mas mostrámos que o oposto é também verdade: a forma como os nutrientes se partem afecta como os nossos genes se comportam“, esclarece ainda o investigador.
Conhecer o genoma de uma pessoa – a sua impressão de ADN – não dá assim, todo o quadro relativamente ao seu organismo.
Os genes podem sofrer alterações e a rede do metabolismo pode também interferir na sua regulação, através das reacções bioquímicas que ocorrem dentro do organismo em função dos açúcares, aminoácidos, ácidos gordos e vitaminas gerados pela comida que ingerimos.
As conclusões retiradas do estudo podem ter implicações no domínio da pesquisa quanto à forma como reagimos a certos medicamentos e explicar porque é que alguns funcionam com umas pessoas e não funcionam com outras.
ZAP
Então ingiram mais produtos geneticamente modificados! hmmmm tão bom que deve ser!…