80 falcões voaram…de avião. Príncipe saudita comprou bilhete para todos

Pensa-se que as aves seriam usadas para caçar gansos. Mas o que dizem as normas de transporte de aves de rapina?

Uma fotografia de 80 aves de rapina a bordo de um avião no Médio Oriente tornou-se viral nas redes sociais esta semana.

Ahmet Yasar, o empresário que publicou a imagem, disse à BBC News que foi tirada nas últimas quatro semanas por um amigo que trabalha como capitão de uma companhia aérea. Yasar explicou que os falcões estavam a voar para Jeddah, na Arábia Saudita, para o que se pensa ser uma viagem de caça.

“A fotografia foi tirada a bordo de um Airbus que voava de uma origem desconhecida para a Arábia Saudita,” disse Yasar à BBC.

“É bastante comum para as companhias aéreas no Médio Oriente transportarem aves para fins de caça. Neste caso, estima-se que cada falcão valha cerca de oito mil dólares (cerca de 7316 euros),” disse o empresário.

“A fotografia que publiquei tornou-se viral, atraiu interesse de todo o mundo,” disse ele. “Pensa-se que as aves seriam usadas para caçar gansos.”

O que dizem as normas de transporte de aves de rapina?

Na Qatar Airways, um máximo de seis falcões são permitidos na classe económica. Tal é a força da procura que a companhia aérea tem uma página web dedicada aos custos de transporte de falcões.

Já na Lufthansa anunciou em 2014 que os passageiros podem tirar proveito de um suporte patenteado para aves, o Falcon Master, que “permite aos VIPs trazerem os seus falcões a bordo, mantendo-os por perto na cabina durante o voo.”

Na Etihad Airways, passageiros de primeira classe e de negócios podem levar dois falcões por lugar, relatou a Business Insider em 2013, com dois pássaros adicionais permitidos se um lugar extra for comprado. Passageiros da classe económica podem levar uma ave por lugar.

A Emirates não tem restrições quanto ao número de animais de estimação que podem ser levados em voos, diz o site da companhia aérea, embora se apliquem regras estritas sobre como devem ser enjaulados e sobre o número de animais que alguns países aceitarão.

A popularidade da caça no Médio Oriente ficou claramente assente em dezembro de 2015, quando homens armados sequestraram pelo menos 27 caçadores do Qatar — incluindo membros da família real – numa área desértica do Iraque perto da fronteira com a Arábia Saudita.

O Iraque — tal como a Arábia Saudita — é um dos vários países frequentados por praticantes ricos do desporto antigo de falcoaria, enquanto procuram presas que ou não existem nos seus próprios países ou que foram quase levadas à extinção.

As suas presas favoritas são a abetarda asiática e para a encontrar e outras espécies semelhantes, caçadores do Golfo viajam frequentemente para Marrocos, Iraque, Paquistão e Afeganistão.

ZAP //

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