No dia em que o Alto Representante da União Europeia (UE) Josep Borrell está de visita a Kiev, a Rússia acordou a capital ucraniana com um ataque com mísseis. Pelo menos, três pessoas morreram.
A Rússia atacou com mísseis, na madrugada desta terça-feira, seis regiões da Ucrânia – incluindo a capital Kiev, onde se encontra, neste momento, Joseph Borrell.
O último balanço de vítimas do ataque contabilizava três mortos. De acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, uma pessoa morreu em Mykolaiv (sul da Ucrânia) e pelo menos duas outras em Kiev.
A Rússia lançou 44 mísseis e 20 drones explosivos, dois terços dos quais foram “destruídos”, especificou o comandante-chefe das forças armadas ucranianas. Do total de 64 dispositivos, as forças ucranianas intercetaram 29 mísseis de cruzeiro e 15 drones, disse Valery Zaloujny numa declaração difundida através das redes sociais.
Ucranianos já ignoram sirenes
O alarme soou cerca das 06h00 (03h00 em Lisboa), antes de Josep Borrell ter iniciado o programa de reuniões, incluindo encontros com Volodymyr Zelensky.
“Mísseis sobre Kiev e sobre o leste” da Ucrânia, escreveu na plataforma Telegram o chefe da Administração Militar da capital ucraniana. Pouco depois, o mesmo canal oficial acrescentou que “vários mísseis” estavam apontados a Kiev.
Uma forte explosão foi ouvida no centro de Kiev, cerca de uma hora depois de as sirenes de alerta terem soado na cidade.
O chefe da Administração Militar de Kiev confirmou, no momento da explosão, que as defesas aéreas tinham sido ativadas e apelou aos residentes da capital para não abandonarem os abrigos até ao fim do alerta.
A maior parte dos ucranianos ignora as sirenes, que soam quase todas as noites em grande parte do país, devido à frequência, aderindo por vezes à chamada “regra das duas paredes”, que os aconselha a permanecer em espaços sem janelas mais protegidos do mundo exterior, como o corredor ou a casa de banho, para evitarem ser atingidos diretamente pelos projéteis ou pelos destroços.
Uma minoria desce para o metro ou para os abrigos mais próximos.
Borrell chegou na terça-feira a Kiev numa nova viagem de dois dias à Ucrânia.
ZAP // Lusa