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Mais de 50% dos manuais escolares foram reutilizados no ano letivo passado

Poucas semanas antes do início do primeiro ano letivo em que a gratuitidade dos manuais escolares chega a todos os ciclos de ensino, o Ministério da Educação concluiu que, em 2018-2019, existiu um aumento da taxa de reutilização dos manuais escolares oferecidos pelo Governo.

A reutilização ultrapassou os 50%, de acordo com os números divulgados pelo Jornal de Notícias — uma diferença de 40 pontos percentuais quando comparados com os 10% conseguidos no primeiro ano da medida.

Apesar do parecer favorável apresentado pela tutela, há ainda quem se mostre apreensivo quanto à reutilização dos materiais. Segundo pais e diretores de escolas, pelo menos os livros de 1.º e 2.º anos não devem ser reutilizados, já que a sua utilização implica práticas como o corte, a colagem ou a pintura. Estes manuais são vistos, assim, como manuais de trabalho, ao contrário dos restantes, considerados manuais de consulta.

“É preciso acabar com a paranoia de tratar o manual escolar como se fosse uma autêntica obra de arte. Os alunos não podem ser impedidos de utilizar as técnicas de estudos que nós ensinámos; sublinhar, por exemplo”, argumenta o presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas ao JN, acrescentando que considera possível que exista “uma baixa taxa de reutilização no 1.º Ciclo e tendencialmente mais elevada no 2.º”.

Para resolver esta questão espera-se pela comercialização dos primeiros manuais escolares do 1.º Ciclo feitos especificamente de raiz para serem reutilizados, agendada para 2022-2023.

A distribuição gratuita de manuais escolares no próximo ano letivo vai custar cerca de 160 milhões de euros, sendo que o Governo já confirmou que 3.º Ciclo e Secundário vão receber manuais novos. O Estado espera que mais de um milhão de estudantes beneficiem desta medida.

ZAP //

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