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41 países comprometem-se com iniciativa “Clima e Qualidade do Ar”

UN Geneva / Flickr

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres

A iniciativa “Clima e Qualidade do Ar”, apresentada na véspera da Cimeira da Ação Climática, propõe alcançar até 2030 uma qualidade do ar saudável e a harmonização das políticas de luta contra as alterações climáticas e a contaminação da atmosfera.

Uma coligação de 41 países apresentou esta segunda-feira um acordo para definir a saúde como motor político de uma maior ambição em matéria de alterações climáticas, para alcançar níveis de qualidade do ar saudáveis em 2030.

O anúncio – feito pelo enviado especial do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, para a Cimeira da Ação Climática, embaixador Luis Alfonso de Alba, após dois dias de reuniões com representantes de governos, empresas e sociedade civil – serviu para apresentar o compromisso de 41 países e 71 governos regionais e cidades para combater as alterações climáticas.

A iniciativa “Clima e Qualidade do Ar”, que foi apresentada na véspera da Cimeira da Ação Climática, convocada para segunda-feira por António Guterres, propõe alcançar até 2030 uma qualidade do ar saudável e a harmonização das políticas de luta contra as alterações climáticas e a contaminação da atmosfera.

Com este objetivo, a estratégia estabelece que os países e entidades subscritoras implementem política de qualidade do ar e de ação climática que permitam alcançar os valores das diretrizes de qualidade do ar ambiental definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais ambiciosas do que as atualmente em vigor para os Estados-membros da União Europeia.

Convida também os países a ativarem políticas que promovam a mobilidade elétrica e sustentável e ações com o objetivo de provocar mudanças decisivas na redução de emissões dos transportes rodoviários.

Governos de todos os níveis podem aderir à iniciativa do Ar Limpo comprometendo-se com ações específicas, incluindo implementar políticas de qualidade do ar e mudança climática que atinjam os valores da Diretriz de Qualidade do Ar Ambiental da OMS.

Segundo a OMS, a poluição do ar causa anualmente sete milhões de mortes prematuras, das quais 600.000 são crianças. De acordo com o Banco Mundial, a poluição do ar custa à economia global 4,63 biliões de euros em prejuízos sociais e, nos 15 países com as maiores emissões de gases com efeito estufa, estima-se que os impactos da poluição do ar na saúde custem mais de 4% do PIB.

O cumprimento do Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa, no entanto, poderia salvar mais de um milhão de vidas por ano até 2050 e gerar benefícios de saúde no valor de 49,08 biliões de euros – cerca do dobro dos custos de mitigação – apenas com a redução da poluição do ar.

// Lusa

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