Um novo ataque no Iémen, nesta quinta-feira, provocou a morte de pelo menos 30 civis, com os rebeldes e a coligação liderada pela Arábia Saudita a acusarem-se mutuamente de serem responsáveis pelo sucedido.
O ataque aconteceu na zona Oeste do país, onde a coligação militar intervém desde 2015, do lado do governo, contra os rebeldes Houthis que tomaram vastas áreas do território, incluindo a capital, Sanaa.
De acordo com os meios de comunicação social afetos aos rebeldes, citados pela Agência France Presse (AFP), pelo menos 31 pessoas, entre as quais mulheres e crianças, morreram ou ficaram feridas em ataques aéreos a um autocarro e a uma casa na região de Al-Douraïhimi, a sul de Hodeida.
A agência Saba, dos rebeldes, disse tratar-se de um balanço provisório.
Por outro lado, a agência WAM, dos Emirados Árabes Unidos, um dos elementos da coligação, afirmou que os Houthis dispararam um míssil “balístico fabricado no Irão” contra os civis, matando uma criança e ferindo dezenas de outras, três delas com gravidade.
Os balanços feitos pelos dois lados não puderam ser confirmados de forma independente.
Neste conflito, a Arábia Saudita, vizinho do Iémen, acusa o Irão, o seu rival regional, de fornecer mísseis balísticos aos Houthis, algo que Teerão desmente.
A região de Al-Douraïhimi, a cerca de vinte quilómetros a sul de Hodeida, tem sido nas últimas semanas palco de combates entre os rebeldes e as forças pró-governamentais, lideradas pelas forças dos Emirados.
A guerra no Iémen fez mais de 10 mil mortos depois da intervenção da coligação liderada pelos sauditas, em 2015. Os rebeldes são apoiados pelo regime iraniano que, no entanto, nega que fornece armamento aos rebeldes que combatem os sauditas. As Nações Unidas falam de crise humanitária.
// Lusa