Cerca de 2500 pessoas continuam desaparecidas nas Bahamas

LPhot Paul Halliwell / British Ministry of Defence / EPA

Furacão Dorian deixa rasto de destruição nas Bahamas

Cerca de 2500 pessoas continuam desaparecidas nas Bahamas, mais de uma semana depois da passagem do furacão Dorian que matou pelo menos 50 pessoas.

“Atualmente, cerca de 2500 pessoas constam do registo de desaparecidos”, indicou o porta-voz da Agência de Gestão de Emergências das Bahamas (NEMA), Carl Smith. O responsável acrescentou que esta lista não foi comparada com os registos governamentais das pessoas em abrigos ou deslocadas.

Na terça-feira, Carl Smith já tinha avançado que, sensivelmente, 4500 pessoas foram deslocadas das suas casas nas ilhas Abaco e Grande Bahama, as mais devastadas após a passagem do furacão, que já fez pelo menos 50 mortos.

Em conferência de imprensa, o porta-voz da NEMA referiu, na altura, que a maioria teve de se deslocar para Nassau, a capital deste arquipélago das Caraíbas.

O Dorian, que no último fim de semana deixou mais de 200 mil pessoas sem luz na costa atlântica do Canadá, devastou primeiro o arquipélago das Bahamas, sobre o qual permaneceu por muito tempo, quase imóvel, com chuvas torrenciais.

Segundo o primeiro-ministro do arquipélago, Hubert Minnis, 60% de Marsh Harbour, a principal cidade das Ábaco, ficou destruída.

Os ventos fortes e as águas castanhas e lamacentas destruíram ou danificaram gravemente milhares de casas, incapacitando a atividade de hospitais e deixando muitas pessoas presas em sótãos.

Nos Estados Unidos, o furacão atingiu os estados da Carolina do Norte e do Sul com ventos violentos, tornados e chuvas laterais, tendo sido anunciadas pelo menos quatro mortes. As vítimas foram homens que caíram ou foram eletrocutados quando aparavam árvores ou preparavam as habitações para enfrentarem o furacão.

No início da semana, centenas de sobreviventes das Bahamas tiveram de abandonar um navio humanitário por não terem vistos de entrada nos EUA. Os Serviços Alfandegários e de Proteção de Fronteiras (CBP) não autorizaram que os passageiros desembarcassem em Fort Lauderdale, na Flórida, naquela que foi uma “decisão de última hora”.

“Temos de ter muito cuidado. Toda a gente necessita de documentação apropriada. Não quero deixar entrar nos EUA pessoas que não deviam estar nas Bahamas, incluindo pessoas muito más“, explicou, na altura, o Presidente Donald Trump.

As Nações Unidas calculam que 70 mil pessoas necessitam de ajuda humanitária urgente.

ZAP // Lusa

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