Antevê-se um ano político “altamente desafiante”. O foco do Governo (e da oposição) estará na redução de impostos. As eleições europeias também vão ter um peso significativo, mas, aconteça o que acontecer, Marques Mendes acredita que Costa não vai para um cargo europeu.
No seu espaço de comentário de domingo à noite, na SIC, Luís Marques Mendes, anteviu o próximo ano na política em Portugal (e na Europa).
O antigo líder do PSD disse que 2024 vai ser um ano político altamente desafiante e decisivo.
Marques Mendes referiu que o Orçamento de Estado vai ser dominado pela parte fiscal: “o Governo e o PSD querem reduzir impostos”.
“Baixar impostos vai ser o grande debate do orçamento e pode ajudar a subir salários. Vamos ver qual é a dimensão dessa redução”, garantiu.
Marques Mendes antevê que a prioridade será a redução do IRS, com enfoque na classe média, o que, para o comentador, “faz todo o sentido”.
Quanto às Eleições Europeias, – a realizarem-se de 6 a 9 de junho de 2024 -, independentemente do resultado, Marques Mendes mantém a convicção de que António Costa não vai sair para nenhum cargo europeu, por não querer “abrir uma crise política e ser responsável por isso”.
“Se o primeiro-ministro sair para a União Europeia, haverá eleições antecipadas. Muitos, incluindo socialistas, acham que Costa sairá mesmo. Outros não acham provável, por dar origem a uma crise política. É o meu caso. Mas basta aguardar. Em julho de 2024 haverá decisão final”, disse Marques Mendes.
O comentador a decisão do primeiro-ministro só será feita depois das eleições europeias – decisivas, no entender de Marques Mendes, para o futuro político de Portugal.
O antigo presidente do PSD acredita que o próximo ano político também ficará marcado por ajustes no Governo: “É inevitável. Toda a gente sabe, só não sabe quando (…) Ou no fim de 2023, terminando a discussão do Orçamento, ou em 2024″.
“A expectativa é saber quem sai e a expectativa maior é quem vai entrar. E há uma grande interrogação: haverá a capacidade de recrutar os melhores? Será que vai haver disponibilidade de recrutar os melhores e os mais privilegiados?”, acrescentou.
O comentador diz que, de um lado, Luís Montenegro precisa mesmo de vencer as Europeias, para reforçar a liderança; de outro, António Costa também pretende evitar a degradação e a instabilidade.
Luís Marques Mendes sublinhou que é no próximo ano político que se vai ter a certeza se a legislatura vai mesmo até ao fim.