2015 vai ser o ano das wearable technologies

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As receitas da indústria da eletrónica de consumo deverão, em 2015, crescer 3%, chegando aos 223,2 mil milhões de dólares, o valor mais elevado de sempre.

A previsão do relatório semi-anual “The U.S. Consumer Electronics Sales and Forecasts” (em português, “Vendas e Previsões para a Eletrónica de Consumo nos EUA”), elaborado pela Associação de Eletrónica de Consumo (CEA), foi comunicada pelo presidente e CEO da CEA, Gary Saphiro, no seu discurso de abertura da feira internacional CES 2015.

A Associação projetou, então, que em 2015, comparativamente ao ano que terminou recentemente, as receitas relativas a novas e emergentes categorias de produtos deverão registar um crescimento de 108%.

Nestas novas classificações estão incluídas as impressoras 3D, os televisores Ultra-HD 4K, dispositivos de domótica (robótica doméstica) para lares inteligentes, sistemas que dispensam a intervenção humana (como self-driving cars), câmaras com capacidade de ligação à Internet e dispositivos wearable.

Não obstante a reduzida percentagem da indústria de eletrónica de consumo que representam, estas novas categorias deverão, estima-se, contribuir com cerca de 11 mil milhões de dólares para o total das receitas de 2015.

Spahiro afirmou que “o amor dos consumidores pela tecnologia parece não esmorecer”, e que o segredo para conservar – e reforçar – esta relação reside na constante inovação. Novos segmentos de produtos de eletróncia de consumo, continuou o executivo, conseguiram, num curto espaço de tempo, conquistar uma vasta legião de seguidores.

A CEA comunicou também que os wearables serão uma força a temer nos próximos tempos na esfera tecnológica. Especialmente em 2015.

As estimativas apontam para que, este ano, sejam vendidas 30,9 milhões de dispositivos wearable (um aumento de 61% face a 2014). O segmento dos wearables será responsável, ainda, pela geração de cerca de 5,1 mil milhões de dólares em 2015 (um aumento de 133% relativamente ao ano anterior).

Os wearables são compostos por dispositivos de fitness (para medição de ritmo cardíaco, contagem de calorias, etc.), por smartwatches e pelos ainda escassos e não muito viáveis smartglasses.

Concomitantemente, as televisões de amplos ecrãs e dotadas de uma multiplicidade de funcionalidades (que vão para além do mero consumo de conteúdos televisivos, até às salas de chat e à navegação online) marcarão também a cena tecnológica dos anos vindouros.

As vendas de TVs mantêm a sua posição como a terceira maior fonte de rendimentos da indústria tecnológica, e calcula-se que este ano gerem 18,3 mil milhões de dólares, o que reflete um decréscimo de dois pontos percentuais face a 2014.

Filipe Pimentel, B!T

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