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Mais de 200 mil pessoas precisam de ajuda urgente na Indonésia

Mast Irham / EPA

O número de vítimas mortais do terramoto seguido de um tsunami nas Celebes, Indonésia, aumentou para 1424, segundo o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres.

O terramoto de magnitude 7.5 e o tsunami que se registou posteriormente atingiram a costa da ilha Celebes, na Indonésia, na passada sexta-feira. O último balanço oficial provisório, divulgado na quarta-feira, indicava 1407 mortos confirmados.

Porém, esta quinta-feira, durante uma conferência de imprensa em Jacarta, o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, anunciou que o número de vítimas mortais aumentou para 1424.

O porta-voz acrescentou ainda que “muitas vítimas continuam soterradas” sobretudo na zona da cidade de Palu.

Em Palu, o cenário é de destruição, com barcos no meio das ruas, após terem sido arrastados pelo tsunami. Os moradores continuam à espera de ajuda, e com a grave falta de alimentos e de água potável, tem-se multiplicado o número de saques a supermercados e postos de gasolina.

De acordo com a polícia, pelo menos 92 pessoas foram detidas por pilhagens na área central da província de Sulawesi. Na segunda-feira, o Governo tinha autorizado os saques nos supermercados, garantindo que os culpados não seriam punidos e que iria reembolsar os comerciantes.

Segundo o Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas, mais de 200 mil pessoas, entre as quais milhares de crianças, necessitam de ajuda urgente. As estimativas oficiais indicam também que 66 mil residências e edifícios foram destruídos.

Em declarações ao Diário de Notícias, Fajar Jasmin, responsável pela comunicação da Save the Children na Indonésia, diz que, para já, há 650 mil pessoas afetadas. “Algumas das crianças afetadas perderam os seus pais ou membros da família durante o desastre”.

Se quiser ajudar estas pessoas, pode fazê-lo através da UNICEF Portugal e da IFRC (Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho).

Entretanto, o aeroporto de Palu, afetado pelo terramoto e onde era impossível desembarcar, deve reabrir hoje ao tráfego aéreo militar. Um contingente vai ser enviado para o local onde vai prestar ajuda às vítimas da tragédia.

O tenente-coronel Agus Hariyanto, das Forças Armadas da Indonésia, disse que uma centena de soldados já estão no local e que vão ser enviados mais 200 militares para Palu nas próximas horas.

De acordo com o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), o terremoto atingiu os 7,5 de magnitude e foi mais forte que a série de tremores que provocaram mais de 500 mortos e 1.500 feridos em agosto na ilha indonésia de Lombok, perto de Bali.

A Indonésia, arquipélago de 17 mil ilhas, fica no Anel de Fogo do Pacífico e é um dos países mais propensos a sofrer desastres naturais. Em 26 de dezembro de 2004, o país sofreu uma série de terremotos devastadores, um dos quais de magnitude 9,1 na ilha de Sumatra. Este devastador terramoto provocou um tsunami de grandes dimensões que provocou 220 mil mortos na região do Sudeste Asiático. Foi o terceiro maior terremoto no mundo desde 1900.

ZAP // Lusa

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