19 alimentos não chegam à mesa dos Venezuelanos

Rafael Chacon / Flickr

Dados estatísticos do Banco Central da Venezuela (BCV) dão conta que 19 produtos alimentares apresentam sérios problemas de abastecimento no país e que o índice generalizado de escassez foi de 29,4% em Março de 2013, segundo a imprensa venezuelana.

“As estatísticas do BCV revelam que a escassez se agravou este ano e em Março se situou em 29,4%”, diz o diário El Universal sublinhando que em Janeiro último a falta de abastecimento era de 28% e que o BCV não divulgou ainda os dados correspondentes a Fevereiro de 2014.

“O abastecimento de bens na economia, sobretudo em alimentos, é crítico. O relatório do BCV indica que 19 produtos de consumo básico registam sérios problemas de abastecimento este ano. A escassez de óleo de milho foi de 100% em Março e as medições indicam que desde Novembro de 2013 não se consegue óleo de girassol no mercado, enquanto o óleo de mistura vegetal regista uma escassez de 92,1%”, afirma.

A farinha de trigo é o segundo produto mais escasso, 99,4%, mas todas as variedades lácteas apresentam sérios problemas, o leite em pó completo escasseou em 90,2%, o leite em pó desnatado 92,8% o leite pasteurizado desnatado 97,6% e o leite pasteurizado completo 98,8%.

“Desde Novembro (de 2013) que estes produtos registam índices de escassez entre 80% e 100%, segundo as estatísticas do BCV”, sublinha o El Universal.

Por outro lado “a falta de abastecimento de café (moído e em grão) agudizou-se no primeiro trimestre”, atingindo 94,2% em Março. A mesma situação acontece com o açúcar que teve uma escassez de 90% no mês passado e a farinha de milho pré-cozida de 89,3%.

Outros produtos com sérios problemas de abastecimento são as ervilhas (89%), a margarina (74,9%), as sardinhas enlatadas (65,2%), o feijão preto (62,5%), as lentilhas (59,7%), o pernil de porco (56,7%), o queijo branco pasteurizado (54,9%) e a manteiga (53,3%).

Além disso a escassez afeta ainda produtos de higiene pessoal, como o papel higiénico (87%), condicionador de cabelo (68,8%), o ‘shampoo’ (champô 19,8%), as máquinas de barbear (63,1%), os sabonetes (53,4%), as fraldas descartáveis para bebés (19,1%), os desodorizantes (15%), as tolhas sanitárias femininas (11,1%), o creme dentífrico (7,6%).

/Lusa