Estudo revela 15 fatores de risco para demência precoce (alguns podem surpreender)

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ZAP // DALL-E-2

Quase 40% dos casos de Alzheimer e demências relacionadas podem ser prevenidas através da abordagem desses fatores modificáveis.

Num estudo publicado na revista científica JAMA Neurology no último dia 26, investigadores da University of Exeter e da Maastricht University (Reino Unido) revelaram 15 fatores de risco para demência precoce — antes dos 65 anos de idade.

Segundo o artigo, quase 40% do Alzheimer e demências relacionadas podem ser potencialmente prevenidas através da abordagem desses fatores modificáveis.

Para o estudo, os cientistas acompanharam mais de 350 mil participantes com menos de 65 anos em todo o Reino Unido, com base nos dados disponíveis no UK Biobank.

A equipa descobriu fatores que vão desde predisposições genéticas até ao estilo de vida.

“Ainda há muito a aprender na nossa missão contínua de prevenir, identificar e tratar a demência em todas as suas formas de uma forma mais direcionada. Revelamos pela primeira vez que podemos ser capazes de tomar medidas para reduzir o risco desta condição debilitante, através da abordagem a uma série de fatores”, diz o pesquisador David Llewellyn, em comunicado divulgado pela Exeter.

“A demência de início precoce tem um impacto muito sério, porque as pessoas afetadas geralmente ainda têm emprego, filhos e uma vida ocupada. Muitas vezes, presume-se que a causa seja genética, mas para muitas pessoas não sabemos exatamente qual é a causa. Por isso também queríamos investigar outros fatores de risco”, completa o outro investigador responsável, Stevie Hendriks.

Conforme revela o estudo, os 15 fatores de risco para demência precoce são os seguintes:

  • Baixo nível de escolaridade
  • Nível socioeconómico mais baixo
  • Variação genética (Genes APOE4)
  • Transtorno por uso de álcool
  • Isolamento social
  • Deficiência de vitamina D
  • Altos níveis de proteína C reativa
  • Menor capacidade de agarrar ou segurar objetos com as mãos
  • Abstinência total de álcool
  • Deficiência auditiva
  • Diabetes
  • Doença cardíaca
  • Depressão
  • Hipotensão ortostática
  • Acidente vascular cerebral

Embora os resultados não provem que a demência seja causada exatamente por esses fatores, a ideia é que a descoberta dessa relação ajude a desenvolver melhores tratamentos e medidas preventivas.

Vale a pena lembrar que muitos desse fatores de risco para demência precoce podem ser evitados, o que oferece mais esperança para aqueles que trabalham para encontrar formas de vencer a doença.

Anteriormente, estudos revelaram que os sintomas de Alzheimer precoce podem surgir a partir dos 30.

ZAP // CanalTech

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