Um estudo liderada pela Universidade de Milão (Itália), divulgado na segunda-feira, estima que 1,4 milhões de pessoas da União Europeia (UE) vão morrer de cancro em 2019, o que representa um aumento de 4,8% face a 2014.
Publicado na revista académica Annals of Oncology, o estudo mostra que o cancro do pulmão será o mais mortífero, prevendo os investigadores que cause a morte de 280 mil pessoas (183.200 homens e 96.800 mulheres), avançou o JN esta terça-feira.
A equipa liderada por Carlo La Vecchia, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Milão, estima também que 360 mil mortes por cancro serão evitadas este ano.
Para chegar a esta conclusão, o grupo baseou-se nas taxas de mortalidade por cancro registadas na UE, como um todo, e nos seis maiores países (França, Alemanha, Itália, Polónia, Espanha e Reino Unido).
Nestes seis países, os investigadores verificaram a taxa de mortalidade para todos os cancros e para dez cancros específicos (estômago, intestino, pâncreas, pulmão, mama, útero, ovário, próstata, bexiga e leucemias).
Foram igualmente recolhidos dados da Organização Mundial de Saúde de 1970 a 2014.
O ano de 2019 é o nono ano consecutivo para o qual a equipa científica estabeleceu estimativas sobre a morte por cancro na UE.
Nas mulheres, o cancro da mama – o segundo mais mortífero depois do pulmão – irá provocar mais 800 mortes comparativamente a 2014 (92.800 no total), anteveem os autores do estudo, apontando este aumento como consequência do envelhecimento da população.