O ex-presidente boliviano Evo Morales formalizou a sua candidatura ao Senado nesta segunda-feira, sendo candidato às novas eleições gerais de 3 de maio.
Morales, que renunciou à presidência do país a 10 de novembro e está refugiado na Argentina, encabeça a lista de oito candidatos ao Senado – quatro titulares e quatro substitutos – para a região sul de Cochabamba na lista do seu partido Movimento ao Socialismo (MAS), segundo a nota oficial publicada do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE).
Evo Morales, de 60 anos, não pode concorrer à presidência nessas eleições, por disposição legal. Devido a este impedimento, o MAS formalizou a candidatura presidencial do ex-ministro da Economia, Luis Arce.
Oito candidatos irão disputar a presidência da Bolívia nessas eleições, incluindo Arce, bem como a presidente interina, Jeanine Áñez, e outros rivais do ex-presidente. Arce lidera as intenções de voto, com 26%, de acordo com uma pesquisa divulgada na semana passada. Nas eleições, serão escolhidos o presidente, vice-presidente, 36 senadores e 120 deputados.
Evo Morales renunciou ao cargo após quase 14 anos no poder, numa declaração transmitida pela televisão do país. Morales demitiu-se depois de os chefes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia terem exigido que abandonasse o cargo para que a estabilidade e a paz possam regressar ao país.
Além de Evo Morales e do seu vice, renunciaram igualmente a presidente do Senado, Adriana Salvatierra, e o presidente da Câmara dos Deputados, Víctor Borda. Já a presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, María Eugenia Choque Quispe, que tinha renunciado ao cargo, foi detida pela polícia após a renúncia de Evo Morales.
O ministro da Defesa da Bolívia, Javier Eduardo Zavaleta López, anunciou a sua renúncia ao cargo. Zavaleta López disse que a sua vontade “sempre foi de preservar o caráter institucional das forças armadas ao serviço da população” e não contra esta.
«…Evo Morales renunciou ao cargo após quase 14 anos no poder, numa declaração transmitida pela televisão do país. Morales demitiu-se depois de os chefes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia terem exigido que abandonasse o cargo para que a estabilidade e a paz possam regressar ao país…» – in ZAP aeiou
O que vem descrito neste parágrafo não corresponde à verdade, o Presidente Evo Morales foi forçado a renunciar ao cargo por tenho ganho as eleições, pelos «…chefes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia…» que efectuaram um golpe de estado.
A vitória nas eleições do Presidente Evo Morales, eleito democraticamente pelos cidadãos Bolivianos, levou a oposição a semear o caos no espaço público e a violência contra a população civil, pelo facto de não conseguirem ganhar nas urnas nem tão pouco obterem o apoio dos eleitores.
Em consequência deste golpe de estado, a sr.ª Áñez auto-proclamou-se presidente da Bolívia, não tendo qualquer legitimidade.