Cerca de 12 mil técnicos superiores do Estado devem ter “reforço salarial” no próximo Orçamento

António Cotrim / Lusa

Governo entende que a valorização dos salários dos técnicos superiores será um sinal e um exemplo para o setor privado no que respeita a contratações.

A intenção do Governo de aumentar os salários dos técnicos superiores foi abordada pela primeira vez por António Costa, no Parlamento, no final de julho. “Se queremos rejuvenescer a Administração Pública e atrair jovens recém-licenciados, se queremos que essa contratação sirva de exemplo para a contratação do setor privado de jovens recém-licenciados, então temos mesmo de olhar para as carreiras gerais, em particular para os técnicos superiores”, disse na altura.

Uma semana depois, foi a vez de Alexandra Leitão, ministra da Administração Pública, afirmar ao Eco que a valorização dos trabalhadores em causa é algo em que o Governo está a trabalhar e espera incluir no próximo Orçamento. Tal valorização poderá acontecer através de duas vias: por meio da fixação de variações nas posições remuneratórias de entrada nesta carreira em função das qualificações ou através da revisão da forma como as carreiras evoluem.

No início de setembro, a intenção foi reforçada por João Leão, ministro das Finanças, que, em entrevista à RTP, revelou que esta era mesmo uma prioridade do Governo. “Temos uma preocupação com os técnicos superiores do Estado. Queremos dar um sinal no próximo Orçamento. Queremos garantir que, à entrada, tenham um reforço salarial, no próximo ano. Isso é muito importante”, afirmou.

Agora, também em declarações ao Eco, a ministra da Administração Pública explicou que há atualmente cerca de 12 mil técnicos superiores — com um salário inicial de 1.205,08 euros, correspondente ao 15º nível da Tabela Remuneratória Única (TRU) — nesta situação, isto é, no nível remuneratório que marca a entrada nessa carreira. O gabinete de Alexandra Leitão revelou ainda são cerca de nove mil trabalhadores na Administração Central e cerca de 12 mil no total das Administrações Públicas.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.