100 euros por senha: máfia na Loja de Cidadão

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IRN

Loja de Cidadão (Saldanha, Lisboa)

Filas longas no Saldanha podem ser evitadas graças ao mercado negro. Tudo é feito em plena rua, sem castigos.

A Loja de Cidadão no Saldanha, em Lisboa, é um dos espaços do género que costuma contar com filas com muitas pessoas.

Muitos lisboetas, provavelmente milhares a cada semana, ficam horas à espera – há quem durma à porta.

Este desespero está a ser aproveitado por uma rede organizada que vende senhas, de forma clandestina.

O jornal Correio da Manhã denuncia a rede mafiosa que opera na Rua Engenheiro Vieira da Silva, a rua da Loja de Cidadão em causa.

O esquema é simples: os criminosos cedem uma senha de atendimento, em regime de mercado negro, e algumas senhas custam 100 euros.

Há quem aceite pagar os 100 euros. Sobretudo quem está desesperado porque quer tem um assunto urgente para tratar naquele dia.

Tudo é feito em plena rua, sem castigos: às 4h da madrugada as pessoas já estão à porta da Loja de Cidadão, a dormir no chão coberta com mantas – para ficarem com as primeiras senhas do dia.

Mais tarde, as senhas são entregues aos cabecilhas da rede, por 5 euros cada. Esses líderes vendem depois o papel aos interessados, algumas por 100 euros.

O esquema já se transformou em negócio de milhares de euros para essa rede organizada.

As senhas que são mais procuradas neste regime são para Finanças, Instituto da Mobilidade e dos Transportes e Segurança Social.

A Agência para a Modernização Administrativa indicou ao jornal que já apresentou participação ao Ministério Público.

ZAP //

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