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Com 10 jogadores infetados, Benfica tentou adiar o jogo. Nacional recusou

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José Coelho / Lusa

O treinador do Benfica, Jorge Jesus

O Benfica revelou que, face ao elevado número de casos covid-19 no seu plantel, tentou adiar o jogo da 15.ª jornada da Liga de futebol com o Nacional, que se disputa esta segunda-feira, mas a pretensão foi negada pelo clube madeirense.

“O Sport Lisboa e Benfica esclarece que, em face do elevado número de casos de covid na sua estrutura profissional, consultou a Liga e o Clube Desportivo Nacional quanto à possibilidade de adiar a partida da 15.ª jornada”, lê-se no comunicado das ‘águias’.

O clube da Luz diz que esta iniciativa se justificava “pela infeção de 10 jogadores do seu plantel e de 17 elementos do staff”. “O Clube Desportivo Nacional entendeu, no seu pleno direito, mostrar-se indisponível para adiar”, acrescentam, em comunicado.

O jogo decorre assim como previsto, nesta segunda-feira, às às 17:00, no Estádio da Luz.

“Confrontado com a decisão e perante a imposição da Liga para que, na ausência de um acordo entre as partes, se cumpram os regulamentos, o Benfica deu continuidade a todos os mecanismos de preparação da partida, mormente no que toca à determinação e ambição de vitória que pautam a sua postura em qualquer competição. Um espírito de união reforçado, ainda mais, pelo atual momento desafiante que a equipa atravessa”.

Face ao desenlace desta situação, o clube lisboeta entende que “doravante, com exceção dos motivos regulamentares previstos, não haverá justificação admissível que suporte uma decisão de adiamento de quaisquer outros jogos das provas disputadas sob a tutela da Liga”, admitindo somente a “exceção por motivos regularmente previstos”.

“Em concreto, sempre que os pressupostos constantes do plano específico para o futebol profissional – que reforça a aplicabilidade da Lei 3 das Leis de Jogo – se encontrem salvaguardados. Ou seja, um mínimo de sete jogadores disponíveis”, especificam.

A equipa liderada por Jorge Jesus é terceira classificada da Liga, com os mesmos 32 pontos do FC Porto, no segundo lugar, ambos a quatro pontos do líder Sporting, enquanto o Nacional é 14.º com 13 pontos, apenas um acima da linha de água.

Neste domingo, recorde-se, o guarda-redes Odysseas Vlachodimos e o extremo Everton tiveram testes positivos para o novo coronavírus, aumentando para 10 o número de casos de infeção no plantel de futebol do Benfica. O guarda-redes grego, de 26 anos, é o habitual titular da baliza do Benfica, enquanto o extremo brasileiro Everton, de 24, também costuma fazer parte das opções iniciais do técnico Jorge Jesus.

Os dois jogadores aumentam assim o número de infetados com o novo coronavírus no plantel, que provoca a covid-19, juntando-se a Otamendi, Nuno Tavares, Vertonghen, Diogo Gonçalves, Grimaldo, Gilberto, Waldschmidt e Helton Leite.

Nesta altura, Mile Svilar é o único guarda-redes do plantel principal que o técnico tem disponível. O belga ainda não tem qualquer minuto somado esta época na equipa de Jorge Jesus, mas já jogou ao serviço da equipa B.

FC Porto joga com o Farense

O FC Porto também joga nesta segunda-feira, procurando vencer o Farense de forma a se aproximar, ainda que provisoriamente, do Sporting.

Os dragões, que não perdem há oito rondas – sete vitórias e um empate -, mas não ganharam os últimos dois jogos (1-1 com o Benfica para o campeonato e 1-2 com Sporting nas meias-finais da Taça da Liga), tentam colocar-se a um ponto da frente.

Pela frente, vão ter o Farense, que viu o seu jogo da jornada passada com o Vitória de Guimarães ser adiado, e está no 16.ª lugar do campeonato, com 12 pontos. O jogo está agendado para as 20:15 no estádio S. Luís, com arbitragem de Manuel Mota, de Braga.

Os dragões contam com o regresso de Otávio, mas não poderão contar com Sérgio Oliveira, Luís Díaz, Evanilson, Nanu e Romário Baró, todos ausentes da lista dos 22 que rumaram a Faro, alegadamente por testes positivos ao novo coronavírus.

Portugal registou este domingo 275 mortes relacionadas com a covid-19, o maior número de óbitos em 24 horas desde o início da pandemia, e 11.721 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), que contabiliza 10.469 óbitos desde o início da pandemia, em março de 2020.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Não admira que andem tantos infectados. Continuam a festejar golos e a cumprimentar-se de murrinho como se nada fosse, depois de terem coçado o nariz etc. Povo português é pouco dado a higiene e o resultado está à vista. No Japão, com uma população de 125 milhões, só há 379 mil casos e 5452 mortes. Em Portugal, com 10,29 milhões de habitantes, há 685.383 casos de Covid-19 e 11.608 mortes. Motivo desta enorme diferença: falta de higiene e laxismo no cumprimento de regras por parte dos portugueses.

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