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Procurador Orlando Figueira vai continuar em prisão preventiva

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(cv) SIC

O ex-procurador Orlando Figueira é suspeito de ter recebido 300 mil euros em ‘luvas’ para arquivar uma investigação

O ex-procurador Orlando Figueira é suspeito de ter recebido 300 mil euros em ‘luvas’ para arquivar uma investigação

A juíza de instrução criminal decidiu manter em prisão preventiva o procurador Orlando Figueira, detido há três meses por suspeita de corrupção passiva e branqueamento de capitais, informou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Informa-se que a juíza de instrução criminal decidiu manter a medida de coação de prisão preventiva”, lê-se numa resposta da PGR enviada à agência Lusa.

Contactado pela Lusa, Paulo Sá e Cunha, advogado de Orlando Figueira, disse que aguarda notificação da decisão da juíza, lembrando que está ainda pendente um recurso no Tribunal da Relação de Lisboa, relativo à decisão inicial, que colocou o procurador em prisão preventiva.

Orlando Figueira, com licença sem vencimento desde setembro de 2012, está indiciado, no âmbito da “Operação Fizz“, por corrupção na forma agravada, branqueamento de capitais e falsidade informática, encontrando-se preso preventivamente, no estabelecimento prisional de Évora.

Antigo procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, Orlando Figueira foi responsável, entre outros, pelos processos “BES Angola” e pelo “Caso Banif”, relacionado com capitais angolanos, tendo arquivado este último.

Quando deixou o DCIAP, Orlando Figueira assumiu funções de consultor no BCP.

Na “Operação Fizz”, foram ainda constituídos arguidos o advogado Paulo Blanco, por suspeitas de corrupção ativa, e uma sociedade financeira.

Segundo informações então divulgadas, o caso envolveria ainda Manuel Vicente, vice-presidente de Angola, que, a 2 de março, declarou ser “completamente alheio à contratação” do procurador Orlando Figueira, para o setor privado, assim como a “qualquer pagamento” de que supostamente aquele magistrado beneficiou.

“Sou completamente alheio, nomeadamente, à contratação de um magistrado do Ministério Público português para funções no sector privado, bem como a qualquer pagamento de que se diz ter beneficiado, conforme relatos da comunicação social, alegadamente por uma sociedade com a qual eu não tinha nenhuma espécie de relação, e que não era nem nunca foi subsidiária da Sonangol”, diz Manuel Domingos Vicente, em comunicado enviado à agência Lusa.

Quanto ao processo arquivado por Orlando Figueira, no início de 2012, no comunicado, o vice-presidente angolano refere que, ao que sabe, foi uma “simples averiguação de origem de fundos, relativos à compra de um imóvel”.

/Lusa

1 Comment

  1. É um bom sinal quando as instituições começam a purgar os elementos podres e tóxicos. Continuem que há mais lixo para limpar !!!

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