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Dois casos de febre hemorrágica Crimeia-Congo em Espanha

Um homem morreu com febre hemorrágica da Crimeia-Congo pela primeira vez em Espanha, onde terá sido infetado por uma carraça, e uma enfermeira que o tratou também contraiu o vírus, anunciaram esta quinta-feira as autoridades em Madrid.

“Confirmamos dois casos de febre hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC)”, disse à agência France Presse uma porta-voz das autoridades sanitárias da região de Madrid.

A vítima mortal é um homem de 62 anos, que morreu a 25 de agosto no Hospital Gregorio Marañón, em Madrid, precisou a mesma fonte.

A FHCC é transmitida sobretudo aos seres humanos por carraças e gado, podendo registar-se o contágio entre pessoas através do contacto com órgãos ou fluidos infetados, e provoca a morte em 10 a 40% dos casos.

O homem teria sido “picado por uma carraça durante um passeio no campo, numa localidade de Castela-Leão”, no noroeste do país, adiantou a porta-voz.

A enfermeira infetada está a ser tratada numa unidade especializada de um hospital e o seu estado é estável, disse ainda.

Contactada pela TSF, a responsável pela emergência médica da Direção Geral de Saúde (DGS), Cristina Santos Abreu, explica que “é o primeiro caso diagnosticado em Espanha e um caso por transmissão no hospital. São dois casos isolados e a nós não nos traz preocupação, mas estamos a monitorizar a situação”.

Cristina Santos Abreu sublinha que não há casos diagnosticados em Portugal e não endémica no país. Mesmo em Espanha, refere, é a primeira vez que as autoridades de saúde estão a reportar casos em seres humanos.

O Departamento de Saúde da Comunidade de Madrid está a seguir cerca de 200 pessoas que estiveram em contacto com os dois diagnosticados com FHCC e que até agora não apresentaram qualquer sintoma.

“Não há qualquer motivo para alarme. O Departamento, como sempre, está alerta. Está tudo sob controlo”, sublinhou em conferência de imprensa o conselheiro de Saúde de Madrid, Jesús Sánchez Martos, adiantando que a doença nada tem a ver com o Ébola.

A FHCC é endémica em África, nos Balcãs, no Médio Oriente e na Ásia, nos países abaixo do paralelo 50 norte.

ZAP / Lusa

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