Zuzalu, a cidade criada para quem quer atingir a imortalidade

VitaDAO

Zuzalu, a cidade criada pelo fundador da Ethereum.

Zuzalu é a Meca dos aficionados pela imortalidade. A cidade quer dar rédea solta para fazer experiências com medicamentos não comprovados para a longevidade.

É um tema recorrente e que não parece perder pertinência. Está gravado no nosso ADN. Os seres humanos não querem morrer e procuram incessantemente aumentar a sua longevidade. A imortalidade é o derradeiro objetivo. Basta olhar, por exemplo, para Bryan Johnson, CEO da biotecnológica Kernel, que gasta 2 milhões de dólares por ano nos seus esforços para voltar a ter 18 anos de idade.

Ou então David Sinclair, biólogo molecular e professor no Departamento de Genética da Universidade de Harvard, que alega ter conseguido reverter o seu próprio envelhecimento.

Para pessoas como Bryan Johnson e David Sinclair existe uma espécie de Meca. À beira do mar Adriático mora a cidade improvisada de Zuzalu. O nome parece saído de um conto de fadas e realidade é que o seu propósito não é muito menos descabido. A cidade foi criada por Vitalik Buterin, fundador da criptomoeda Ethereum.

Buterin tem apenas 29 anos, mas já está de olhos postos no seu futuro. O jovem não quer envelhecer e encontrou no Montenegro, um grupo de pessoas que também pensa de igual forma. A cidade nasceu com o conceito de acolher eventos sobre biologia, tecnologia e longevidade. Uma combinação que culmina no biohacking.

Biohacking é a prática de misturar biologia com a ética hacker. Abrange um grande espectro de práticas e movimentos, desde especialistas que projetam e instalam aprimoramentos corporais, como implantes magnéticos, até biólogos que conduzem sequenciamento genético nas suas próprias casas. Biohacking está a emergir numa tendência crescente de desenvolvimento científico e tecnológico não-institucional.

Cerca de 780 pessoas reúnem-se nesta “cidade pop-up” no Montenegro para pensar na forma de criar um Estado onde inovadores com ideias semelhantes podem trabalhar em conjunto numa jurisdição totalmente nova que lhes dê rédea solta para fazerem experiências com medicamentos não comprovados para a longevidade.

Bem-vindos a Zuzalu.

Os seus integrantes argumentam que menos burocracia permite mais inovação e que as pessoas devem ser encorajadas a auto-experimentar tratamentos não comprovados, se assim o desejarem. As empresas também não devem ser travadas por leis nacionais que limitam a forma como desenvolvem e testam os medicamentos.

Muitos dos mais famosos líderes da indústria da longevidade, como Joe Betts-LaCroix da Retro Biosciences e Nathan S. Cheng da Healthspan, têm vivido nesta mini-comunidade.

A Zuzalu é apoiada pela VitaDAO, uma organização de longevidade com 9.000 membros que se dedica à investigação de doenças relacionadas com a idade.

Em Zuzalu não se discute apenas longevidade. Os seus residentes levam todos o mesmo estilo de vida. Fazem mergulhos no frio, têm planos de exercício físico definidos e os restaurantes oferecem refeições saudáveis.

Tudo isto temporariamente, já que os seus residentes apenas ficaram na cidade até ao final do mês de maio. Entretanto, os meros mortais aguardam os resultados desta experiência única, procurando perceber se poderão ter encontrado uma fonte da juventude em Zuzalu.

ZAP //

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